Destaque da Semana – Relatório de oferta e demanda do USDA divulgado na última quarta-feira impulsionou as cotações, com o vencimento dezembro/22, na quinta-feira, chegando a atingir a máxima de 97,25.
Algodão em NY – O vencimento março/22 fechou na sexta-feira cotado a 119,70 U$c/lp (+2,45%). Referência para a safra 2021/22, o vencimento dezembro/22 fechou cotado a 96,83 U$c/lp (+1,20%).
Preços – Quinta-feira (13/01), o algodão brasileiro estava cotado a 134,50 U$c/lp (+175 pontos) para embarque em jan-fev/22 (Middling 1-1/8″ (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).
Destaques do relatório mensal de oferta e demanda do USDA divulgado na última quarta-feira (12/1)
Produção global de algodão para 2021/22 foi reduzida em 132.000 toneladas, para 26.34 milhões de toneladas. Índia (5.99 milhões de toneladas), China (5.88 milhões de toneladas), EUA (3.84 milhões de toneladas) e Brasil (2.87 milhões de toneladas) se mantêm como principais produtores.
O consumo global ficou praticamente em linha com a previsão anterior: 27.05 milhões de toneladas (7.000 toneladas). China (8.6 milhões de toneladas), Índia (5.66 milhões de toneladas), Paquistão (2.44 milhões de toneladas) e Bangladesh (1.920 milhão de toneladas) são os principais consumidores da fibra em 21/22.
A previsão para o comércio internacional em 21/22 foi reduzida em 83.000 toneladas em comparação às estimativas do mês passado, chegando então a 10.14 milhões de toneladas. China (2.12 milhões de toneladas), Bangladesh (1.81milhão de toneladas), Vietnã (1.63 milhão de toneladas) e Paquistão (1.20 milhão de toneladas) são os principais importadores da fibra.
Por fim, os estoques finais globais caem 158.000 toneladas em relação às estimativas do mês passado, levando os números finais de estoque em 21/22 para 18.5 milhões de toneladas, ou 68,40% do consumo anual.
EUA 1 – Apesar do plantio só iniciar na primavera, o acompanhamento da seca nas regiões produtoras já começou. A preocupação é com o Texas, onde a seca se intensificou nos últimos dias, segundo dados oficiais.
EUA 2 – Vendas para exportação realizadas na primeira semana de 2022 foram expressivas: 414.000 fardos de 480 lbs. Os principais compradores foram China (145.000 fardos), Índia (76.000 fardos), Paquistão (40.000 fardos), Vietnã (38.000 fardos), e Bangladesh (32.000 fardos).
Logística 1 – Congestionamentos em alta no maior porto de contêineres do mundo, em Xangai. Muitas transportadoras marítimas desviaram a rota para lá para fugir dos atrasos no porto de Ningbo, que reduziu as atividades após surto do Covid-19.
Logística 2 – Os problemas não estão restritos à China. Em 5 de janeiro, uma fila com 167 navios tentava entrar no porto de Los Angeles. Lá, o tempo médio de espera para embarque era de 28,2 dias e a média para descarregar superava 11,5 dias.
Índia – Para protestar contra a alta nos preços do algodão, indústrias têxteis de Tamil Nadu, no Sul da Índia, programaram uma greve de dois dias no fim do mês. O governo estuda reduzir o imposto de importação para conter a especulação.
Paquistão – A falta de algodão no mercado paquistanês tem favorecido o aumento na cotação da commodity também por lá. Nesta semana, os preços atingiram novas máximas. A safra 2022 só irá chegar ao mercado em junho.
Plantio 2021/22 – Até ontem (13/01): BA (83%); GO (80%); MA (52%); MG (75%); MS: (97%); MT: (21%); PI (81%); PR (100%); SP (81%). Total Brasil: 38% plantado.
Exportações – O Brasil exportou 50.500 toneladas de algodão na primeira semana de janeiro/22, segundo dados do Ministério da Economia.