Destaque da Semana – Além da seca, esta semana o Furacão Idalia atingiu regiões produtoras nos EUA, aumentando temores sobre uma quebra ainda maior na safra do maior exportador do mundo.
Algodão em NY – O vencimento dezembro/23 fechou nesta quinta-feira (31/8) cotado a 87,82 U$c/lp (+ 2% na semana). O vencimento julho/24 fechou cotado a 86,82 U$c/lp (+ 1,40% na semana) e o dezembro/24 a 79,82 (- 0,50% na semana).
Basis Ásia – O Basis médio do algodão brasileiro posto Leste da Ásia: 862 pontos para embarque out/nov (Middling 1-1/8″ (31-3-36), fonte Cotlook 31/out/23).
Altistas (1) – Com ventos de até 200km/h, o Furacão Idalia atingiu a Georgia e inundou as Carolinas (do Norte e Sul) com chuvas torrenciais na última quinta-feira, após causar mortes na Florida.
Altistas (2) – Apesar do mercado estar considerando que os danos causados pelo Furacão foram muito pequenos, como a safra dos EUA já está sofrendo com a seca, qualquer problema agita os mercados.
Altistas (3) – As condições das lavouras de algodão dos EUA continuam ruins. Apesar da classificação de ruim a muito ruim ter diminuído para 44% (- 2%) ainda está bem acima da última safra (36%), que foi muito ruim.
Baixistas (1) – O USDA informou em um relatório esta semana que “a indústria têxtil e de vestuário da China continua a enfrentar grandes dificuldades”.
Baixistas (2) – A lei americana que baniu qualquer roupa ou produto têxtil feito com algodão de Xinjiang (China) está aumentando os custos de compliance das empresas e desincentivando a importação de roupas de algodão pelos importadores americanos.
Produção mundial – A consultoria Cotlook reduziu a estimativa da produção mundial de algodão para as colheitas de 2023/24. O volume revisado de 25.414 milhões de toneladas, representa uma queda de mais de 500.000 toneladas. Pela primeira vez desde a estimativa de fevereiro, mostra uma diminuição em relação à estimativa para 2022/23.
Consumo mundial – As estimativas de consumo mundial da consultoria durante 2022/23 e 2023/24 foram elevadas no último mês para 23.2 milhões de toneladas (2022/23) e 24.4 milhões de toneladas (2023/24). No entanto, permaneceram abaixo dos volumes registrados nas duas últimas safras.
EUA – Cerca de 27% dos testes realizados em calçados e roupas coletados pelo Governo dos EUA em maio mostraram ligações com o algodão da região de Xinjiang, na China. A utilização do algodão dessa região foi proibida devido a preocupações com trabalho forçado.
Índia (1) – A Índia recebeu 36% menos chuva do que o normal neste mês, de acordo com o Departamento Meteorológico. O total de chuvas de junho a agosto ficou 10% abaixo da média. As chuvas de setembro serão cruciais para compensar o déficit, já que a estação das Monções está chegando ao fim.
Índia 2 – O Ministro indiano Piyush Goyal, que responde pelas políticas da indústria e comércio do país, disse que a decisão sobre a remoção da tarifa de importação de 11% sobre o algodão será tomada após realizar consultas com o Ministério da Agricultura.
China (1) – Os leilões diários da Reserva Estatal continuaram a vender 100% dos lotes. Até final de agosto, o volume vendido chegou a 256.000 toneladas.
China (2) – O volume de algodão brasileiro vendido até agora corresponde a cerca de 36% do total; o dos EUA está em 49% e o da Austrália em 13%.
China (3) – Relatórios de importação de algodão pela China em julho mostram que a Austrália foi origem de 26% das compras, mostrando que o boicote ao algodão australiano na China chegou ao fim.
Agenda – Na próxima segunda-feira (04.09) é feriado de Labor Day (Dia do Trabalho) nos EUA.
Exportações – Dados de exportação serão divulgados pelo governo somente hoje (01/Set), após o envio deste boletim.
Colheita 2022/23 – Até o dia 01/09 foram colhidos: BA (81,40%), GO (88,70%), MA (78%); MG (90%), MS (100%); PR (100%), SP (98%), MT (89%), PI (98,45%) Total Brasil: 88% colhido.
Beneficiamento 2022/23 – Até o dia 01/09 foram beneficiados: BA (51%), GO (58%), MA (23%) MG (50%), MS (52%); PR (87%), SP (98%), MT (31%), PI (45%) Total Brasil: 36% beneficiado.
Preços – Veja tabela abaixo ⬇