Levantamentos feitos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam elevação de 28,9% na receita de exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura, embutidos e outros processados) nos cinco primeiros meses de 2017, em relação ao ano anterior. Ao todo, os resultados chegaram a US$ 658.7 milhões neste ano, frente a US$ 510.9 milhões em 2016.
Considerando apenas o mês de maio, a receita dos embarques totalizou US$ 123.7 milhões, número 1,3% inferior ao obtido no quinto mês de 2016, de US$ 125.3 milhões. Em volumes embarcados, os exportadores de carne suína acumulam retração de 4,4% entre janeiro e maio. No total, foram exportadas 279.100 toneladas, contra 291.900 toneladas em 2016.
Um dos motivos para o resultado foi a diminuição das exportações em maio, que totalizou 48.800 toneladas, volume 24,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2016 (65 mil toneladas). Maior importador de carne suína do Brasil (com 40,3% do total), a Rússia foi destino de 111.100 toneladas entre janeiro e maio deste ano, volume 10% superior ao obtido no mesmo período do ano passado.
“Principal parceira comercial do Brasil no setor de suínos, a Rússia tem incrementado suas compras nos últimos anos, confiando ao setor brasileiro uma importante parcela do fornecimento destes produtos ao seu mercado. Hoje, os exportadores brasileiros são responsáveis pela maioria absoluta das importações russas de carne suína”, disse Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
Em segundo lugar, Hong Kong importou 58.200 toneladas no mesmo período (21,1% do total) – volume 22% inferior ao realizado nos cinco primeiros meses de 2016. Para a China (3° maior importador) foram embarcadas 22.300 toneladas (8,1% do total), volume também 22% menor em relação ao ano anterior. Consolidada na quarta posição, para a Argentina foram embarcadas 14.800 toneladas (5,4% do total), volume 80% superior na comparação com o ano passado.
“Com crescimento expressivo desde meados de 2016, as exportações para a Argentina agora assumiram um papel estratégico nas vendas internacionais brasileiras, passando a liderar as vendas do setor de suínos na América do Sul”, disse Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.
Santa Catarina, maior estado exportador de carne suína do Brasil, embarcou entre janeiro e maio o total de 113.300 toneladas, volume 8% maior em relação ao mesmo período do ano passado. Em segundo lugar, o Rio Grande do Sul foi responsável pelo embarque de 78.800 toneladas no período (-10%). Paraná, com 37.900 toneladas (+4%), Mato Grosso, com 17.200 toneladas (-13%) e Goiás, com 14.700 toneladas (-39%) completam a lista dos cinco maiores estados exportadores.
Fonte: ABPA