A Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais (Abiove), avalia que o baixo desempenho do PIB e a retração do setor de agronegócio em 0,40%, anunciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reforçam a pressão sobre o setor produtivo, decorrente do controle artificial de preços do transporte rodoviário.
Para André Nassar, presidente da Abiove, a economia ainda não se recuperou da paralisação dos caminhoneiros no ano passado, que ainda cobra o seu preço sobre a retomada do crescimento. “O tabelamento do frete é um impeditivo, porque criou um cenário de insegurança jurídica e elevou os custos operacionais, comprometendo a geração de emprego e renda em nosso País”.
Com exportações de soja e milho estimadas em US$ 45 bilhões em 2018 e mais de 1,5 milhão de empregos sob sua responsabilidade, a Abiove avalia que, no momento em que se discute o desenvolvimento da economia por meio de maior liberdade econômica, da geração de empregos e do aumento das exportações, é impossível tornar o Brasil mais eficiente com essa distorção no nosso mercado de transportes.
“A indústria de processamento de oleaginosas acumula investimento de R$ 35 bilhões, mas o setor produtivo vem sendo asfixiado pela tabela do frete”, disse Nassar.
Para a Abiove, a solução para a crise no transporte rodoviário de cargas passa pela maior segurança nas estradas, melhoria de infraestrutura e simplificação da contratação, e não pelo controle artificial de preços que impacta negativamente toda a economia brasileira. Segundo a entidade, sem um ambiente de previsibilidade e confiança, não será possível aumentar o volume dos investimentos – vetor fundamental para acelerar o ritmo da economia.
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