A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) informou ontem, em nota, que a interrupção do tráfego na rodovia BR-163 desde o início desta semana já prejudica o setor de grãos.
“Os estoques do complexo soja e de milho na região do Porto de Miritituba (PA) ainda garantem os volumes de exportações previstos para os próximos dias, mas a interrupção do tráfego na rodovia está inviabilizando o transporte da produção”, alertou a entidade, acrescentando que “os transportadores estão se recusando a fazer o serviço em função da ausência de previsão sobre o fim da paralisação”.
A associação cobra do governo federal uma ação “com velocidade” para liberar a pista. “Caso isso não aconteça, as consequências futuras serão o desabastecimento em Miritituba e as dificuldades relacionadas ao recebimento de insumos importados, como combustíveis e fertilizantes, que são fundamentais para os preparativos para o plantio na região que ocorre nos meses de setembro e outubro”.
Ontem à noite, apesar da expectativa de liberação, indígenas caiapós mantinham o bloqueio da BR-163 no Pará, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O protesto ocorre no km 302 da BR-163, na altura de Novo Progresso (PA).
Indígenas caiapós vêm se manifestando na rodovia desde a manhã de segunda-feira (17/8). Segundo a PRF, o congestionamento no local era de cerca de um quilômetro em cada sentido. Não há nova previsão de liberação da rodovia.
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