O Comitê de Inovação e Tecnologia da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) apresentou nesta quarta-feira os resultados de uma pesquisa realizada junto a seus associados e demais setores da sociedade, sobre o tema Inovação e Competitividade do Agronegócio.
Os dados foram coletados entre agosto e setembro, compilados e divulgados agora pela entidade, como uma espécie de direcionador estratégico para a inovação do agro, apontando um panorama de gargalos e preocupações do setor.
Para 80% dos participantes do estudo, o principal desafio para a competitividade do agronegócio é a infraestrutura do país, seguido pela governança e gestão.
Sobre os aspectos de inovação, a pesquisa mostra uma visão balanceada de percepção qualitativa entre fraca e forte quanto aos incentivos governamentais e incentivos de transferência tecnológica.
Quanto à questão da atuação de agentes públicos (executivo e legislativo) na formação de políticas públicas para inovação e competitividade, a predominância da percepção fica entre fraca e levemente fraca.
Com relação aos incentivos educacionais, a percepção fraca e levemente fraca ultrapassa 65%, o que mostra a importância da educação para a inovação e competitividade no agronegócio brasileiro.
Vantagens comparativas
Segundo o presidente do Comitê de Inovação da Abag, João Comério, que também preside o grupo Innovatech, é preciso intensificar o sucesso competitivo e sustentável da agricultura, alcançado nas últimas décadas, para que o país continue a aproveitar suas vantagens comparativas e consiga assumir o papel de líder mundial no fornecimento de alimentos, fibras e energia.
“O Brasil tem uma grande força competitiva, o que é um diferencial para irmos muito além do setor de commodities, como a pluralidade, a diversidade e a heterogeneidade cultural, socioeconômica e ambiental. Temos potencial para produzir alimentos únicos, mais nutritivos e alinhados com as demandas dos mercados mais exigentes”, disse Comério.
“As análises às quais o grupo de trabalho chegou contribuem de forma significante para a tomada de decisões estratégicas das entidades públicas, privadas e de economia mista e dos diversos agentes e atores de todos os elos das cadeias produtivas do agronegócio, com vistas ao contínuo desenvolvimento sustentável do Brasil”.
Metodologia
Para chegar aos resultados, a pesquisa, que envolveu todo o Comitê de Inovação da Abag e convidados ligados ao setor, avaliou o nível de inovação e de competitividade do agronegócio brasileiro em dois níveis: a avaliação local, considerando 35 fatores que influenciam a competitividade de agronegócio, e a avaliação global, com a importância de quatro fatores: Tecnologias 4.0, Organizacional, Humano e Ambiental.
Cerca de 1/3 das respostas foram de associados da Abag, enquanto outros 2/3 de setores da sociedade, como Hub de inovação (aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos, startups, governo e outros) e representantes do mercado, entidades do setor e academia.
Acesse os resultados da pesquisa:
Visão da Inovação e da Competitividade no Agronegócio
Visão da Inovação e da Competitividade no Agronegócio – resumida
Fontes: Abag/Notícias Agrícolas
Equipe SNA