Durante o 16º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), na última segunda-feira (7/8), na capital paulista, o presidente do IBGE, Roberto Olinto, e Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da Abag e membro da Academia Nacional de Agricultura, da SNA, assinaram um termo de compromisso entre as duas entidades para a implementação de ações conjuntas com vistas à divulgação do Censo Agro 2017.
“Cruzar informações coletadas pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR) para criar um banco de dados integrado sobre o meio rural será um dos grandes benefícios do censo agropecuário brasileiro”, acredita Caio Carvalho.
A coleta dos dados começará no dia 1º de outubro e se estenderá até fevereiro de 2018. De acordo com o executivo, para a realização de visitas em 5,3 milhões de estabelecimentos rurais em 5.570 municípios, o orçamento ultrapassa R$ 700 milhões.
“Porém, esse orçamento é 50% menor do que o ideal. Com isso, a realização do censo agropecuário não será divulgada na mídia”, informou o presidente do IBGE.
“O último levantamento foi feito em 2006, o que reforça a importância de desenvolvermos um trabalho intenso, juntamente com o IBGE, no intuito de otimizarmos os resultados do censo”, acrescenta Caio Carvalho.
Segundo o presidente do IBGE, nesta edição serão utilizadas novas tecnologias, mecanismos de modernização e integração que otimizam os resultados do Censo.
“O uso de dados georreferencias e geoespacias, que farão parte do processo, tendem a facilitar a coleta das informações, além de contribuir para a elaboração dos resultados”, avalia Olinto.
Segundo ele, o monitoramento feito pelos agentes será realizado via computador e as informações coletadas poderão ser cruzadas, gerando mapas e outros dados que podem ser acessados e utilizados em amostragens futuras.
DADOS DE PESQUISA
Durante a realização do censo 2017, serão coletados dados sobre agricultura, extração vegetal, silvicultura, criação de animais de grande e pequeno portes, aquicultura, criação de abelhas, bicho-da-seda, beneficiamento e a transformação de produtos agropecuários.
Segundo Olinto, para realizar uma operação de porte, o IBGE precisa do apoio de todos e é imprescindível que o público entenda a importância de receber o recenseador e responder ao questionário da pesquisa corretamente.
“Mesmo com o orçamento reduzido e a não divulgação na mídia, estamos trabalhando intensamente para conscientizar os cidadãos e as instituições da importância em participar do Censo”, arrematou Olinto.
Por Equipe SNA/SP