Algodão: Preços têm leve reação, mas liquidez segue baixa
Os preços internos do algodão em pluma sinalizaram certa reação nos últimos dias, mas a liquidez segue baixa, tendo em vista a dificuldade entre os agentes ativos em acordar os preços e a qualidade dos lotes.
Segundo pesquisadores do CEPEA, do lado vendedor, cotonicultores, sobretudo, estão mais firmes em suas ofertas, e outros vendedores mostram interesse por contratos para escoar a pluma ao mercado externo, uma vez que as cotações domésticas ainda operam abaixo da paridade de exportação, o que segue limitando a disponibilidade do algodão no spot nacional.
Compradores, por sua vez, estão cautelosos, adquirindo somente o essencial para uso imediato e/ou para repor estoques. Apesar da recente reação nos preços, na primeira quinzena de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma, com pagamento em 8 dias, ainda acumula baixa, de 3%.
Arroz: Negócios são lentos no RS; exportação volta a crescer
Nem mesmo o final da colheita no Rio Grande do Sul aumentou o ritmo de negócios do arroz em casca. Segundo pesquisadores do CEPEA, a baixa liquidez se deve sobretudo à disparidade entre os preços para compra e venda do cereal. No mercado externo, as exportações de arroz voltaram a aumentar em abril enquanto as importações caíram, cenário que favoreceu o resultado da Balança Comercial brasileira.
Segundo a Secex, as exportações totalizaram 140.200 toneladas em abril/23, em equivalente arroz em casca, 21,10% acima das de março/23 e 107% acima das de abril/22. Os embarques brasileiros vêm se mantendo acima das 100.000 toneladas desde junho de 2022. Do lado das importações, chegaram aos portos brasileiros 112.700 toneladas de arroz (base casca) em abril/23, volume 17,50% menor do que o de março/23 e 35,60% menor do que o de abril do ano passado.
Café: Colheita de arábica vem ganhando ritmo
A colheita já se iniciou em parte das regiões produtoras do Brasil. Segundo colaboradores do CEPEA, ainda que o volume colhido seja pequeno, os trabalhos vêm ganhando ritmo.
Levantamento do CEPEA mostra que, na região de Garça (SP), os trabalhos somam em torno de 10% da produção estimada; na Mogiana e em Matas de Minas, as atividades totalizam cerca de 5%; no Noroeste do Paraná e no Sul Mineiro, apenas 2% foram colhidos. Já no Cerrado Mineiro, as atividades devem ser iniciadas em breve. Para o café robusta, em Rondônia, cerca de 30% da produção estimada já foi colhida; no Espírito Santo, as atividades somam de 10 a 15% do volume esperado.
