Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 24,25 a 36,75 centavos, com o julho/23 cotado a US$ 13,64 (- 2,62%) e o novembro/23 a US$ 12,07 (- 1,97%) o bushel. O julho na mínima do dia (US$ 13,58¾), registrou a menor cotação desde 25 de julho e o novembro na mínima do dia (US$ 12,00½), registrou a menor cotação do vencimento.
Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 4,00 a US$ 4,20, com o julho cotado a US$ 426,90 (- 0,93%) e o dezembro a US$ 391,00 (- 1,06%) a tonelada curta.
O óleo de soja fechou em baixa, com o julho registrando uma queda de 4,51%. O julho registrou uma nova mínima contratual (47,02).
A soja liderou a queda generalizada das commodities nesta terça-feira, uma vez que níveis de suporte técnico foram rompidos, após o relatório amplamente pessimista do USDA divulgado na sexta-feira, depois de terem registrado bons ganhos no pregão de ontem, quando o trigo liderou os grãos e fechou o dia em alta de 4%. Todavia, hoje o dia foi de realização de lucros. Assim, os derivados também caíram.
O plantio americano segue no radar do mercado e, embora tenha avançado menos do que o esperado, ainda pesa sobre as cotações. As informações divulgadas ontem pelo USDA indicam que o plantio da soja atingiu 49% da área, contra 51% da estimativa do mercado e dos 35% da semana passada. No ano passado, neste mesmo período, o plantio estava concluído em apenas 27% da área.
Faltando apenas dois dias para o término do acordo do Mar Negro, ainda não há sinal de sua extensão. As recentes negociações parecem ter terminado sem sucesso, sem novas reuniões agendadas antes do prazo final de 18 de maio.
Com tanta incerteza, as atividades estão limitadas, sem novos navios entrando no corredor na semana passada e apenas 7 navios permaneceram no corredor segundo a Bloomberg.
Em meio a essa situação, os preços dos grãos caíram após a alta de ontem liderada pelo trigo. Segundo o USDA, os grandes estoques das safras antigas da Europa e do Mar Negro continuam pesando sobre o mercado, apesar dos problemas climáticos nos EUA e no Canadá.
Além disso, os traders permanecem atentos ao mercado financeiro; ao comportamento da demanda e ao ritmo da comercialização no Brasil, onde ainda há muita soja para ser vendida.
Exportações Brasil
As exportações de soja do Brasil foram estimadas em 15.76 milhões de toneladas em maio, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) nesta terça-feira, elevando a sua projeção em comparação com a da semana anterior (15.35 milhões de toneladas).
Caso se confirme, as exportações devem aumentar mais de 5 milhões de toneladas em relação ao mês de maio do ano passado.
Já as exportações de farelo de soja do Brasil devem totalizar 2.6 milhões de toneladas, também registrando um aumento no comparativo semanal (2.37 milhões de toneladas). Isso representa um crescimento de mais de 700.000 toneladas em relação a maio de 2022.
Colheita Brasil
A colheita da safra brasileira de soja 2022/23 atingiu 97,20% da área plantada estimada no País até o último sábado (13), avanço de 1,80% na comparação com os 95,40% reportados na semana anterior, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em levantamento semanal de progresso de safra. A colheita da oleaginosa está adiantada em comparação com a safra passada, quando, no mesmo período, 96,8% das lavouras já estavam colhidas. A colheita já foi encerrada em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, São Paulo e Paraná. Dos Estados que ainda estão colhendo a soja, Maranhão e Rio Grande do Sul estão com os trabalhos mais atrasados, com 84% e 86%, respectivamente.
Milho fecha em baixa com o mercado focado na demanda e no plantio nos EUA
Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam em baixa. Os principais vencimentos registraram quedas de 9,75 a 11,50 centavos, com o julho cotado a US$ 5,81¼ (- 1,90%) e o dezembro/23 a US$ 5,05¼ (- 1,89%) o bushel. O milho dezembro registrou uma nova mínima contratual (US$ 5,01).
Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em baixa, após duas sessões consecutivas de alta. Os principais vencimentos registraram quedas de 11,75 a 13,25 centavos, com o julho cotado a US$ 6,47½ (- 2,01%) e o setembro/23 a US$ 6,60¼ (- 1,75%) o bushel.
Trigo – Argentina
A safra de trigo 2023/24 da Argentina foi estimada em 18 milhões de toneladas, contra apenas 12.4 milhões de toneladas da safra 2022/23, quando as lavouras foram impactadas por uma seca histórica, informou nesta terça-feira a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA).
Exportações Brasil
A ANEC estimou exportações de 570.618 toneladas de milho para o mês de maio, versus 319.432 toneladas da previsão da semana passada. No caso do cereal, o volume representa uma redução de cerca de 500.000 toneladas na comparação anual.
Colheita e Plantio Brasil
Segundo a Conab, 72,40% da área plantada com milho da primeira safra 2022/23 (verão) já foi colhida, avanço semanal de 4,90%. Há um atraso na comparação anual em relação aos 80,10% colhidos no mesmo período da temporada 2021/22. São Paulo já concluiu a colheita, enquanto Paraná e Minas Gerais colheram 93% e Rio Grande do Sul e Santa Catarina 87%. Em relação à segunda safra de milho 2022/23, chamada de safrinha, a Conab informou que o plantio no País foi concluído.
Trigo – Plantio Brasil
O plantio de trigo da safra 2023 avançou 8,50% na semana, atingindo 25,30% da área estimada no País. Em relação ao mesmo período da safra anterior, o plantio do cereal está adiantado em relação aos 16,20% reportados em 14 de maio de 2022. O Estado mais avançado no plantio nesta safra é Minas Gerais, com 97,40%, enquanto Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda não iniciaram os trabalhos de campo.
Por Equipe SNA