Os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) relativos aos quatro principais itens de carne de frango exportados pelo Brasil apontam que o recorde histórico para o mês alcançado em janeiro passado foi determinado sobretudo pelo produto in natura – cortes e frango inteiro, cujos volumes registraram aumento anual de, respectivamente, 22,99% e 19,18%.
A carne de frango salgada teve aumento de volume mais moderado – 4,21% – enquanto os industrializados recuaram 2,69%. Porém, de forma contraditória, alcançaram no mês o maior valor de todos os tempos, superando o recorde de agosto de 2022.
No entanto, o produto com melhor valorização de preço em janeiro foi o frango inteiro: quase 30% a mais que um ano atrás e com permanência acima dos US$2.000/tonelada, ainda distante dos US$2.120,75/t, recorde registrado quase dez anos atrás, em abril de 2013.
Quem, surpreendentemente, voltou a registrar valor abaixo dos US$2.000/t foram os cortes de frango que, portanto, ficaram com preço médio inferior ao do frango inteiro – fato raro entre os dois itens (nos 120 meses decorridos entre janeiro de 2013 e dezembro de 2022 isso ocorreu em apenas 17 ocasiões – 14% do total).
De toda a forma, ainda que seu preço no mês tenha registrado valorização inferior a 13% (contra 29,40% do frango inteiro), os cortes permanecem como principais geradores da receita cambial do setor, já que em janeiro responderam por, praticamente, 70% da receita total. Couberam ao frango inteiro perto de 21% e aos industrializados e à carne salgada os 9,51% restantes (3,90% e 5,61%, respectivamente).