A Argentina é a maior fornecedora de trigo para o Brasil. Porém, a seca severa, seguida de vários episódios de geada, deverá reduzir a colheita de trigo dos ‘hermanos’ em até 40% das estimativas iniciais, e isso poderá impactar o cultivo brasileiro. O Brasil, por sua vez, segue atento e preocupado com o contexto do país vizinho.
A Bolsa de Grãos de Rosário (BCR) reduziu a produção argentina na temporada 2022/23, para 11,8 milhões de toneladas. De acordo com BCR, a produtividade deve ser a menor em 15 anos. Vale lembrar que, na safra passada, a produção do país foi de com 23 milhões de toneladas de trigo.
Por causa da quebra na safra argentina, o Brasil precisará recorrer a fornecedores como Rússia, Estados Unidos ou União Europeia, preveem especialistas.
A quebra fez com que o preço do trigo argentino subisse próximo à colheita. “As usinas do Nordeste, por exemplo, passaram a comprar o grão russo, que é mais barato”, disse Christian Saigh, vice-presidente do Sindicato da Indústria do Trigo de São Paulo (Sindustrigo).