O Conselho de Administração do Banco Mundial aprovou nesta segunda-feira um contrato de doação de US$ 24.58 milhões para a implementação de um novo projeto de promoção da sustentabilidade nas cadeias de produção de soja e de pecuária de corte no Cerrado brasileiro.
Os recursos serão usados para a adoção do “manejo sustentável de paisagens” nas cadeias de valor de soja e pecuária de corte em 47.2 milhões de hectares na Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.
Denominado “Vertentes – Consórcio de Paisagens Sustentáveis de Uso Múltiplo no Brasil”, o projeto se propõe a “recuperar vastas áreas de pastagens degradadas enquanto mitiga as emissões de gases de efeito estufa, promovendo o aprimoramento de práticas sustentáveis de produção agrícola”, informou o Banco Mundial, em comunicado.
“O Brasil é um ator importante tanto no meio ambiente global quanto no sistema de produção de alimentos, e o Cerrado é uma potência agrícola. A viabilização de investimentos sustentáveis será fundamental para garantir a segurança alimentar sem esgotar os recursos naturais do bioma”, indicou, na nota, Johannes Zutt, diretor do Banco Mundial para o Brasil.
Manejo sustentável
Dos 47.2 milhões de hectares do projeto, o foco será implementar práticas de manejo sustentável de paisagens em 578.000 hectares de terras agrícolas, considerados mais criticamente degradadas, e restaurar 49.800 hectares.
O projeto deve apoiar 10.500 beneficiários diretos por meio ações, como treinamento e assistência técnica, e a implementação de práticas agrícolas sustentáveis. Desses, 2.500 produtores de soja, criadores de gado de corte e trabalhadores rurais receberão assistência técnica gerencial na metodologia do Senar.