Depois de estagnar no início do segundo trimestre, o PIMAgro, índice do Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) que mede o ritmo da atividade em diferentes ramos que fazem parte do setor, retomou, em maio, a trajetória de alta que começou a ser ensaiada em novembro de 2021. O indicador subiu 1,50% em relação a abril e 0,90% em comparação com maio do ano passado.
“Mesmo assim, esse maior volume de produção em maio último não foi suficiente para que a produção nos primeiros cinco meses de 2022 superasse o resultado do mesmo período de 2021”, destacou o FGV Agro. Nessa comparação, o índice recuou 0,60%.
O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta de maio foi garantida por um aumento de 1,90% no grupo formado por produtos não-alimentícios, puxado por insumos (10,50%), têxteis (2,30%) e pelo ramo florestal (0,70%). No segmento de produtos alimentícios e bebidas, a variação interanual foi levemente negativa (0,10%), em decorrência sobretudo de uma queda de 9,20% na área de alimentos de origem vegetal.
De janeiro a maio, a queda de 0,60% foi determinada pelo recuo de 2,10% no grupo de produtos não-alimentícios, principalmente por causa de declínios nas áreas de biocombustíveis (16,80%), têxteis (11,30%) e borracha (5,90%). Em alimentos e bebidas, houve aumento nesse intervalo, de 0,80%.