Queda do dólar favorece pecuarista em relação de troca entre boi gordo e farelo de soja

No Estado do Mato Grosso, a relação de troca entre o farelo de soja e o boi gordo está favorável para o pecuarista em face da desvalorização do grão.

Com relação ao milho, o momento de colheita fez o indicador ser pressionado em 3,83% no mesmo comparativo, sendo então necessárias 3,94 sacas/arroba, cenário que desestimulou, pontualmente, os atuantes da área para realizar maiores negociações na aquisição desse insumo.

Com a pressão na cotação do dólar no último mês, o preço médio do farelo de soja registrou uma desvalorização de 5,02% no comparativo de maio de 2022 em relação a abril do mesmo ano, enquanto o preço do boi gordo registrou queda de 4,45% no Mato Grosso, segundo informação do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Com relação aos valores negociados para os animais, o Imea destacou que na última semana o preço médio da arroba do boi gordo subiu de maneira mais intensa, com ganho de 2,45% em relação a semana passada, devido à oferta que começou a se limitar no estado.

Acompanhando os preços dos machos, as fêmeas também registraram valorização de 4,34% no comparativo semanal, ficando cotadas a R$ 264,95/arroba. Já nas escalas de abate, com o cenário contínuo de retração na oferta, os frigoríficos tiveram de encurtar as programações em 2,60% em relação a semana passada, ficando na média de 6,37 dias.

Perspectivas

Após um cenário de intensa pressão na arroba devido à maior oferta de bovinos em maio de 2022, o movimento das cotações tende a se inverter nos próximos meses com o período de entressafra.

“Segundo a B3, são esperadas leves valorizações nos preços até novembro de 2022, quando se prevê o pico de R$ 303,29/arroba. Esse cenário se deve ao período final da entressafra do boi, em que se tem menores ofertas dos animais terminados”, indicou o Imea em seu relatório.

Por outro lado, a partir de então, o indicador tende a cair para R$303,11/arroba em dezembro de 2022, movimento pautado no aumento da oferta, devido ao período das águas.

Por fim, um ponto de atenção se dá pelo lado da demanda, uma vez que, além das festividades anuais de final de ano, as eleições e a copa do mundo tendem a influenciar para um incremento no consumo da proteína, fator que pode impulsionar o preço.

Acesse aqui o relatório completo.

Fonte: Notícias Agrícolas
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