Surpreende para quem não acompanha há mais tempo o Clube Premier do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe) tomar conhecimento de que o Brasil passou a exportar feijão preto.
Ao analisar os números de exportação do País neste início de ano, é possível constatar que a região Sul produziu pelo menos 80.000 toneladas a mais do que a média dos últimos anos e, consequentemente, aumentou suas vendas.
Em 2021, as exportações de feijão preto entre janeiro e dezembro totalizaram US$ 25 milhões. Neste ano, em cinco meses, já ultrapassaram os US$ 26 milhões. Quanto ao volume exportado, pela primeira vez na história superou as 8.500 toneladas.
O resultado, apesar de tímido, não deixa de ser promissor, quando se verifica que em 2018 a exportação de feijão preto correspondeu a zero.
“O Brasil poderá exportar feijões pretos se os preços forem convenientes para nossos produtores, no primeiro semestre de cada ano, e importar, se for preciso, no segundo semestre, da Argentina”, disse Marcelo Eduardo Lüders, presidente do Ibrafe.
“No início de cada ano temos uma concentração maior de oferta. Inclusive temos analisado os fluxos de ofertas mundiais com antecedência e, por volta do mês de setembro, podemos saber como será a oferta no início do ano seguinte”, disse o executivo.