Arroz: maior demanda mantêm o indicador em alta
A demanda por arroz em casca esteve ligeiramente maior no Rio Grande do Sul nos últimos dias. Indústrias gaúchas e de outros estados buscaram repor os seus estoques e, em alguns casos, também aumentaram as ofertas de compra para efetivarem novos lotes. A maioria dos produtores, por sua vez, se mantém retraída.
Nesse cenário, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os preços do arroz continuam em alta.
A média ponderada do Estado do Rio Grande do Sul, representada pelo Indicador Cepea/Irga-RS (58% de grãos inteiros e pagamento a vista), subiu 1,72% entre os dias 15 e 22 de março, fechando a R$ 76,42/saca de 50 kg na terça-feira, 22. Na parcial deste mês (até o dia 22), o Indicador acumula uma alta de 3,38%.
Café: volatilidade externa mantém indefinição nos preços do arábica
As cotações do café arábica vêm oscilando nos últimos dias, devido à alta volatilidade dos contratos futuros e do dólar. Nesse cenário, agentes estão retraídos e o ritmo de negócios está lento.
Na terça-feira (22/3), o Indicador Cepea/Esalq fechou a R$ 1.276,97/saca, com alta de 1,18% em relação ao da terça-feira anterior (15/3). Na parcial deste mês, no entanto, a queda é de 11%.
Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), os contratos futuros seguem influenciados pelos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e por fatores técnicos.
Ressalte-se que o conflito vem estimulando a vendas dos contratos de café e pode ter impacto no consumo do produto, tendo em vista problemas nos embarques para a Rússia e o aumento geral dos preços dos alimentos. Agentes também seguem atentos aos impactos nos custos de produção da commodity.
Colheita da safra 2022/23
Nas regiões do arábica, a colheita deve se iniciar primeiramente na Zona da Mata de Minas no final de abril, de forma pontual. Para o restante das praças mineiras, em São Paulo e no noroeste do Paraná, as atividades devem começar em maio.
Algodão: com avanço internacional, preço continua firme
As cotações da pluma estão firmes no mercado brasileiro, influenciadas pelas altas dos contratos futuros na Bolsa de Nova York (ICE Futures). Entre os dias 15 e 22 de março, o Indicador Cepea/Esalq do algodão em pluma subiu 0,92%, fechando a R$ 7,0506/lp na terça-feira (22). Na parcial de março, a alta é de 2,39%.
De modo geral, a liquidez no mercado spot nacional segue baixa, o que se deve à disparidade entre os preços de vendedores e compradores. Demandantes estão mais exigentes quanto à qualidade da pluma, desaprovando alguns lotes e pagando preços maiores em outros com melhores características.
Fonte: Cepea