Soja fecha em baixa na volta do feriado pressionada pela forte queda do farelo

Os contratos futuros da soja na CBOT fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva, com o março na mínima do dia (US$ 13,49¾) registrando a menor cotação desde do dia 3. Os principais vencimentos registraram quedas de 8,50 centavos, com o março/22 cotado a US$ 13,61¼ e o maio/22 a US$ 14,71 o bushel.

Os contratos futuros do farelo de soja na CBOT fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva, com o março em queda de 3,82% e na mínima do dia (US$ 389,40) registrando a menor cotação desde o dia 22 de dezembro de 2021. Os principais vencimentos registraram quedas de US$ 14,10 a US$ 15,50, com o março cotado a US$ 390,10 e o maio a US$ 388,70 a tonelada curta.

Evolução farelo de soja

O óleo de soja fechou novamente em alta, com o março registrando um ganho de 1,06%.

O mercado da soja retomou os negócios na Bolsa de Chicago depois do feriado de Martin Luther King nos EUA, em queda, refletindo as chuvas do final de semana na Argentina. Como já vinha sendo comentado por analistas e consultores, o mercado monitorou as condições climáticas no país durante o final de semana para definir um caminho para as cotações nesta semana.

“Chuvas durante o final de semana trouxeram um alívio para as principais áreas agrícolas da Argentina. Interrompendo várias semanas de clima seco, volumes que variam de 15 a 60 mm atingiram o principal cinturão agrícola de nossos vizinhos”, indicou a Agrinvest Commodities. “Além das chuvas observadas, os modelos mostram precipitação de mais de 200 mm para os próximos 15 dias para algumas regiões de produção”.

Nesta segunda-feira (17), Serviço Meteorológico Nacional (SMN) já havia informado sobre as precipitações do final de semana. Entre Rios, onde se registra a pior seca em 60 anos, e o centro de Santa Fé são exemplos de áreas em que boas chuvas ocorreram.

Vendas EUA

Os exportadores norte-americanos reportaram para o USDA a venda de 239.486 toneladas de soja da safra 2021/22 para o México.

Os exportadores norte-americanos reportaram para o USDA a venda de 126.000 toneladas de sorgo da safra 2021/22 para destinos desconhecidos.

Na sexta-feira (14), o USDA divulgou uma correção, informando que a venda para o México divulgada na sexta-feira (14), foi de 100.422 toneladas de soja da safra 2021/22 e não de milho.

Exportações Brasil

As exportações de soja do Brasil devem totalizar 4.32 milhões de toneladas em janeiro, estimou nesta terça-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC), com um aumento em relação as 4.274 milhões de toneladas estimadas na semana anterior.

No primeiro mês do ano passado, quando a oferta do grão foi limitada por estoques de passagem mais restritos e colheita tardia, o Brasil embarcou somente 53.600 toneladas.

Ainda segundo a ANEC, o País deve exportar 1.96 milhão de toneladas de farelo de soja, versus 986.860 toneladas exportadas um ano antes.

Colheita e Plantio Brasil

A colheita de soja avançou para 1,70% da área estimada para a safra 2021/22 do Brasil, segundo levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados colhidos até 15 de janeiro. Na semana anterior, a colheita estava em 0,30%. No mesmo período do ano passado, o percentual era também de 0,30%.

O plantio de soja, por sua vez, chegou a 99% da área estimada, com dados colhidos até 15 de janeiro. Na semana anterior, plantio estava em 98,80%. No mesmo período do ano passado, o percentual era de 99,80%.

Paraná

Até ontem (17), 4% da área total plantada de soja da safra 2021/22 no Paraná havia sido colhida, segundo relatório do Departamento de Economia Rural (DERAL), da Secretaria de Agricultura do Estado divulgado na manhã desta terça-feira. A colheita da oleaginosa começou semana passada, quando atingiu 2% da área.

Das lavouras ainda no campo, o percentual em boas condições subiu de 29% na semana anterior para 33% agora; as em condições médias caíram de 37% para 33%, e as em condições ruins se mantiveram em 34%. Das lavouras da oleaginosa no Paraná, 57% estão em fase de frutificação, 19% em fase de floração, 19% em fase de maturação e 5% em fase de desenvolvimento vegetativo.

Milho fecha em alta impulsionado pelo trigo e petróleo

Os contratos futuros do milho na CBOT fecharam novamente em alta. Os principais vencimentos registraram ganhos de 2,75 a 3,25 centavos com o março cotado a US$ 5,99½ e o maio/22 a US$ 6,00 o bushel.

Os contratos futuros do trigo na CBOT fecharam em forte alta de 3,71%, após três sessões consecutivas de baixa. Os principais vencimentos registraram ganhos de 25,75 a 27,50 centavos. O março fechou cotado a US$ 7,69 e o maio/22 a US$ 7,70¼ bushel.

China

As importações chinesas de milho em 2021 praticamente triplicaram em volume em relação ao ano anterior, totalizando um novo recorde, segundo mostram dados divulgados pela Administração Geral Alfandegária nesta terça-feira, enquanto compradores se voltaram para alternativas internacionais mais baratas com os preços em alta e um aperto na oferta doméstica.

A China, principal mercado de grãos do planeta, importou 28.35 milhões de toneladas de milho em todo ano de 2021, um aumento de 152% em relação ao volume de 11.3 milhões de toneladas, que já era um recorde, em 2020, mostraram dados da Administração Geral Alfandegária.

As importações de trigo nos primeiros 12 meses do ano também bateram o recorde com 9.77 milhões de toneladas, aumento de 16,60% em relação as 8.38 milhões de toneladas em 2020, apontam os dados.

O preço do milho chegou a um patamar recorde em 2021, após Pequim reduzir seu gigantesco estoque do grão e o clima desfavorável afetar a produção na principal região produtora no ano anterior.

Compradores intensificaram as importações de grãos como milho e trigo para suprir a diferença doméstica na oferta de milho.

O apetite chinês por grãos importados mostrou sinais de queda nos últimos meses do ano, com uma safra maior pressionando os preços nacionais para baixo, enquanto a demanda de ração para a pecuária enfraqueceu com a margem da produção de carne suína em queda.

As importações de milho em dezembro foram de 1.33 milhão de toneladas, uma queda de 39,90% em relação ao ano anterior, segundo os dados.

Exportações Brasil

Para o milho, a ANEC fez um pequeno ajuste na expectativa semanal das exportações de 2.647 milhões para 2.685 milhões de toneladas no mês.

Em janeiro de 2021, os embarques de milho totalizaram 2.16 milhões de toneladas, segundo os dados.

Paraná

Segundo informou o DERAL, a colheita da safra do milho verão começou esta semana e atingiu 1% da área. As condições das lavouras registraram ligeira melhora nesta semana em relação à anterior. As lavouras em boas condições representam agora 33% do total, contra 32% há uma semana; em condições médias, são 39% atualmente, estável em relação ao período anterior; e em condições ruins, 28%, contra 29% da semana anterior. O DERAL informou, também, que 51% das lavouras de milho estão em fase de frutificação, 34% em fase de maturação, 13% em fase de floração e 2% em fase de desenvolvimento vegetativo.

Com relação ao plantio de milho de segunda safra, que começou semana passada no Estado, até ontem, 2% da área estimada havia sido plantada, contra 1% na semana anterior. As lavouras em boas condições totalizam 94%, enquanto na semana passada totalizavam 100%, e 6% estão em condições médias. Do total, 68% das lavouras estão em fase de germinação e 32%, em fase de desenvolvimento vegetativo.

Mercado Interno

O mercado brasileiro de milho deve ter uma terça-feira marcada por preços sustentados, em meio ao quadro de oferta interna ainda limitado e as preocupações com o clima seco no Sul do Brasil, que vem causando perdas significativas às lavouras.

O mercado brasileiro de milho abriu a semana com preços firmes, de estáveis a mais altos. A oferta segue limitada e persiste a preocupação com a safra de verão, com a quebra no Sul diante da falta de chuvas, sobretudo no Rio Grande do Sul.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 88,00 a R$ 95,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 86,00/R$ 96,00.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 96,00/R$ 99,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 98,00/R$ 100,00 na Mogiana. Em Campinas/CIF, preço de R$ 100,00/R$ 102,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 100,00/R$ 102,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 93,00/R$ 95,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 87,50/R$ 90,00 a saca em Rio Verde/CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 80,00/R$ 85,00 a saca em Rondonópolis.

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