Pelo novo Marco das Ferrovias, o governo federal já assinou 21 contratos sem a necessidade de leilão. As empresas se comprometeram a investir quase R$ 91 bilhões, além de construírem 6.500 quilômetros de trilhos.
A validade das negociações firmadas entre as companhias e o Poder Executivo é de 99 anos, renováveis por mais 99. A maior parte dos aportes vindos da iniciativa privada serão realizados nos cinco primeiros anos.
O agronegócio e a mineração serão os dois setores mais bem atendidos, com 32,80% de cargas sobre os trilhos pelos próximos anos. Celulose e carga geral vêm na sequência, com 10% e 6,20%, respectivamente.
Os contratos atuais somados aos do novo Marco devem mudar o perfil da carga transportada. A partir de 2035, o governo estima que as ferrovias representarão 40% a 45% da matriz de transportes.
Quadro atual
Baixa densidade ferroviária, se comparada à de outros países, vagões enferrujando, obras inacabadas e um setor carente de investimentos devido à burocracia estatal.
Esse é o quadro das ferrovias brasileiras. Para se ter ideia, não passa sequer um trem por dia em cerca de 30% da malha de 30.000 quilômetros, segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No Brasil, as rodovias são utilizadas para o escoamento de 65% da produção do País, enquanto os trilhos se ocupam de pouco mais de 20%. Trata-se de um mercado a ser explorado.
Outros países
Já em outros países a situação é diferente. Os Estados Unidos, por exemplo, têm a maior extensão de trilhos do mundo, com 295.000 quilômetros, e utiliza 45% de sua malha ferroviária.
A China ocupa o segundo lugar: 124.000 quilômetros e faz uso de 37%. A Rússia possui 87.100 quilômetros e opera em 81%. O Canadá, com 77.900 quilômetros e usa 46%.
Fonte: Agrolink, com informações da Revista Oeste
Equipe SNA