Biodiesel: Abiove considera “desastroso” o novo modelo de comercialização

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) considera “desastroso” o novo modelo de comercialização de biodiesel. Na quinta-feira (28/10), a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a resolução que regulamenta o novo modelo.

O sistema define diretrizes para a compra direta entre distribuidoras e produtores a partir de 1º de janeiro, em substituição aos leilões públicos vigentes por cerca de 15 anos. Para a Abiove, o modelo tem “falhas críticas de regulação que vão impactar severamente o mercado do biodiesel”.

“Estas falhas foram apontadas pela Abiove e por diversos atores da cadeia do biodiesel na consulta pública, inclusive com sugestões de aperfeiçoamento, mas os pontos foram totalmente desconsiderados pela ANP”, indicou a associação em nota.

Sobre a meta compulsória individual de contratação de 80% do comercializado no mesmo bimestre do ano anterior, a entidade ressaltou que é uma medida “intervencionista, que não respeita a liberdade econômica e impede a livre concorrência”.

Insegurança

Ainda segundo a Abiove, a ANP gerou insegurança ao ignorar a necessidade de que os contratos tenham cláusulas que tratem da execução de entregas e retiradas mínimas.

Outra preocupação é com relação à desaceleração dos investimentos no setor mediante as incertezas embarcadas neste novo sistema, “principalmente pela falta de compreensão de como ficará a cobrança do ICMS aos produtores”.

“O novo modelo vai gerar acúmulo de créditos pelos insumos. Dada a indefinição sobre esse quesito essencial, a ANP deveria ter concedido um prazo mínimo para que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) desenvolva um modelo sem efeitos negativos”, disse o presidente da Abiove, André Nassar.

 

 

Fonte: Broadcast Agro

Equipe SNA

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