O plantio tardio de milho segunda safra causou impacto para o desenvolvimento das lavouras. Com a semeadura sendo realizada fora da janela ideal, o grão ficou mais vulnerável às condições climáticas registradas no período.
O clima adverso em algumas regiões produtoras influenciou de maneira negativa na produtividade estimada do cereal, e a colheita da segunda safra do grão deve chegar a 66.97 milhões de toneladas, com queda de 10,80% se comparada com o período anterior.
Com isso, a nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a colheita de grãos na safra 2020/2021 é de 260.8 milhões de toneladas. Os dados estão no 10º levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira.
Com a atualização, a produtividade do milho segunda safra pode chegar a 4.502 quilos colhidos por hectare na atual safra, com queda de 17,50% em relação à 2019/2020. Já a área plantada do cereal no período registrou um aumento de aproximadamente 8,10%, chegando aos 14.88 milhões de hectares.
Mesmo com os problemas enfrentados, a estimativa de produção total do cereal é superior a 93 milhões de toneladas, uma vez que na primeira safra a colheita ficou em torno de 24.9 milhões de toneladas e para a terceira é esperada uma produção de aproximadamente 1.5 milhão de toneladas.
Soja, arroz e feijão
A soja, por sua vez, tem um aumento na produção estimado em 11.1 milhões de toneladas para esta safra. Com a colheita encerrada, a oleaginosa registra um novo recorde de 135.9 milhões de toneladas colhidas, mantendo o Brasil como maior produtor da cultura no mundo.
No caso do arroz, a produção estimada está em 11.8 milhões de toneladas, com aumento de 5,20% em relação ao volume produzido na safra anterior. Deste total, cerca de 92% do produto provêm de cultivos irrigados, enquanto que os 8% restantes têm origem em plantios de sequeiro. Quanto ao feijão, a colheita total deve se manter próxima a 3 milhões de toneladas
Exportações
Segundo o levantamento da Conab, as exportações de algodão no segundo semestre de 2021 devem atingir patamares menores do que no ano passado. Esta redução se deve à combinação de menor produção na atual safra e de maior consumo das indústrias nacionais.
Neste cenário, a tendência é de recuperação de 16% nos estoques finais da fibra em relação ao volume divulgado no balanço do mês passado.
Quanto ao milho, a Conab mantém inalterada suas estimativas de importação em 2.3 milhões de toneladas e de exportação em 29.5 milhões de toneladas.
No caso da soja, em 2021, é esperado que o País bata recorde de volume exportado, finalizando o ano com cerca de 86.69 milhões de toneladas (4,50% a mais que no ano anterior). Nos seis primeiros meses deste ano, os embarques da oleaginosa totalizaram 57.56 milhões de toneladas.
Para o trigo, é esperado um estoque de passagem para a safra 2021/22 em níveis confortáveis, com volume próximo a 1.8 milhão de toneladas.
Por fim, para o arroz as exportações em junho foram 19% menores que as do mesmo período do ano passado. A queda é ainda maior quando se considera o acumulado do primeiro semestre, chegando a uma redução de 50% no volume exportado.
Para mais detalhes sobre a produção de grãos no país, acesse a íntegra do Boletim do 10º Levantamento – Safra 2020/21.
Fonte: Conab
Equipe SNA