Boi: exportação segue registrando bom desempenho
As exportações brasileiras de carne bovina in natura somaram 125.470 toneladas em abril, com queda de 6,24% em relação ao volume de março, mas quase 8% acima do de abril de 2020, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Além disso, trata-se de volume recorde para um mês de abril.
Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse cenário, atrelado à baixa oferta de animais para abate, segue sustentando os preços da arroba do boi gordo na maioria das regiões acompanhadas pelo centro de pesquisas.
Suínos: com demanda externa aquecida em abril, preços do animal vivo sobem no País
O ritmo menor, mas ainda aquecido, de exportações de carne suína em abril, fez com que os frigoríficos necessitassem de mais animais para abate e, com isso, os preços do animal vivo subiram no mercado doméstico, informou o Cepea em relatório antecipado ao Broadcast Agro.
Segundo o centro de pesquisas, no mês passado o suíno registrou a média de R$ 7,25/kg na Região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), preço 8,40% acima do registrado em março. No sudoeste do Paraná, a alta mensal foi de 3,60%, com o animal cotado a R$ 6,82/kg na média de abril.
Dados da Secex mostram que o Brasil exportou 87.300 toneladas de carne suína in natura em abril, volume 9,80% menor que o recorde registrado em março, mas 38,80% acima do volume de abril de 2020.
Mercado doméstico
Já em relação ao mercado doméstico, na semana entre 27 de abril e 4 de maio, o Cepea informou que, ao contrário do que se esperava, as vendas domésticas ficaram lentas na maioria das regiões produtoras, especialmente no Sul do País.
“Agentes consultados pelo Cepea acreditavam em alta nos preços, fundamentados no período de início de mês e também na possível reação da demanda por causa do dia das mães”, citou o relatório. “Esse cenário pode estar atrelado à renda da maior parte da população brasileira, que está fragilizada diante do atual contexto econômico”.
Cotações
Em Erechim (RS), a queda do preço do suíno foi de 1,20% entre os dias 27 de abril e 4 de maio, com o animal cotado a R$ 7,48 o quilo na terça-feira (4/5). No oeste catarinense, o recuo no preço foi de 0,80%, com o suíno cotado a R$ 7,83/kg no mesmo dia.
Já em Minas Gerais as vendas seguem aquecidas, o que tem sustentado os preços. Em Belo Horizonte, o suíno vivo se manteve a R$ 7,98/kg.
Na Grande São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína seguiu a tendência do animal vivo, e recuou 2,70% no período, cotada a R$ 11,55/kg nesta terça-feira. Para os cortes, na média das regiões paulistas, a maior queda foi registrada para o pernil com osso, de 2,60% em sete dias, chegando a R$ 12,83/kg no dia 4.
Fontes: Cepea e Broadcast Agro
Equipe SNA
