A Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel) informou que cerca de 60% da produção de mel brasileiro é exportada. Desde 2016, as exportações só têm registrado crescimento ano a ano.
Em 2020, foram vendidas 45.626 toneladas, com aumento de 51,88% quando comparado a 2019, com 30.039 toneladas, atingindo faturamento de mais de US$ 98 milhões. O maior parceiro comercial foram os Estados Unidos, responsável por 75% das embarcações.
Segundo a gerente administrativa da Abemel, Suelen Tomazella, a pandemia gerou mudanças de comportamento de consumo e novos hábitos alimentares no mundo. E o mel, por ser um produto saudável e super indicado para melhorar as condições respiratórias, fez parte de muitas refeições internacionais.
“Tivemos um aumento de demanda durante a pandemia, mas é difícil saber se este cenário se manterá pós-Covid. Estamos otimistas, principalmente, pelo aumento de consumo nos mercados americano e europeu. Esperamos ampliar nossa atuação em outros países”, disse Suelen.
Mercado muçulmano
Outro mercado que os produtores de mel podem explorar e já atinge 1.8 bilhão de pessoas no mundo é o muçulmano. Mas para exportar aos países árabes islâmicos é necessário que tenha a certificação halal (em árabe, significa permitido para consumo).
“É um mercado ávido por produtos de qualidade e, tanto a população como o consumo crescem numa velocidade surpreendente”, afirmou o gerente comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.
“Com certeza, o mel tem grandes oportunidades comerciais não só nos países árabes, como nos continentes asiático e africano, principalmente por se destacar pela sua alta qualidade e pelo seu valor agregado”.
Importadores
Atualmente, o maior importador de mel são os Estados Unidos, sendo responsável, no ano passado, por 75% dos embarques (34.128 toneladas), e em seguida está a Alemanha com 12% (5.363 toneladas); Canadá, com 4% (1.788 toneladas) e demais países da Europa.
E todo este montante é produzido principalmente pelas regiões Sul do Brasil, responsável por 39,80%; Nordeste, por 31,30%; Sudeste, por 22,50%, e 6,40% do Centro-Oeste e Norte.
“A perspectiva para 2021 é de que os mercados consolidados mantenham crescimento e as exportações ampliem suas fronteiras”, disse Suelen.
Certificação Halal
Para que a expansão do mercado seja possível, as indústrias e produtores brasileiros precisam se adaptar às exigências da jurisprudência islâmica. Boa parte dos países importadores, principalmente os países árabes muçulmanos, têm exigido a certificação halal.
“Além de ser reconhecido mundialmente como selo que atesta boas práticas de fabricação, segurança e de qualidade, a certificação halal tem sido solicitada, inclusive, por países que não são árabes e nem muçulmanos, como o Japão, China e Canadá”, afirmou Chahine.
A Cdial Halal é uma das maiores e importantes certificadoras halal do Brasil. É única da América Latina acreditada pelos principais órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC), o que confere seriedade e competência nos segmentos que atua.
“São certificações que comprovam que seguimos as rígidas regras e garantimos a excelência e integridade dos produtos e empresas acreditadas. É reconhecida como a certificadora brasileira com maior número de categorias certificadas pelo GAC”, disse o diretor da Cdial Halal, Ahmad Mohamad Saifi.
Fonte: Agrolink
Equipe SNA