Começamos um novo ano, um novo ciclo. Isto não significa que teremos menos turbulências no mercado de feijão. Aliás, os próximos 60/90 dias serão de muita especulação, valorizações seguidas de quedas rápidas, precedendo uma nova alta de preços.
Quais medidas serão utilizadas para frear a contaminação crescente da população com a Covid-19? Se houver restrições mais fortes para a circulação da população, a tendência é que o consumo volte a aumentar como ocorreu durante o período de lockdown no ano passado.
Outro fator já estabelecido é a área pequena de feijão plantada e também o atraso do plantio da segunda safra que ocorrerá no Paraná.
Entre os feriados, a procura continuou maior do que a demanda, mas os compradores estavam em busca de pagar R$ 285,00/R$ 290,00 para o feijão-carioca nota 8,5/9. No interior de São Paulo houve alguns negócios ao redor de R$ 300,00.
Matematicamente, há menor volume disponível em janeiro do que em novembro e dezembro do ano passado. É difícil imaginar que um empacotador vai entrar comprando forte já nesta semana. Porém, se os preços mantiverem próximos para o produtor na casa dos R$ 250,00/R$ 270,00 no feijão-carioca, haverá mais disposição do comprador em comprar e, por outro lado, pouca disposição do produtor em vender.
Ibrafe