A safra brasileira de café em 2020, cuja colheita já foi encerrada, deve ser de 63.08 milhões de sacas de 60 kg (arábica e conilon), registrando recorde histórico. O aumento é de 27,90% sobre a colheita de 2019 (49.31 milhões de sacas) e de 2,30% sobre o recorde anterior, de 2018 (61.7 milhões de sacas).
A área colhida aumentou 3,90%, atingindo 1.88 milhão de hectares. Os números fazem parte do quarto e último levantamento da safra de café 2020, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Segundo a instituição, além da bienalidade positiva do arábica, o clima também contribuiu para o desenvolvimento das lavouras, sobretudo do arábica. A produção deste tipo de grão superou a de 2018, alcançando 48.77 milhões de sacas. Em relação ao ano passado, o aumento é de 42,20%.
Já o conilon, com produção estimada em 14,31 milhões de sacas, não teve o mesmo desempenho. Esse volume é 4,70% menor que o obtido na safra anterior (15.01 milhões de sacas), o que pode ser atribuído às poucas chuvas nas regiões produtoras do Espírito Santo, principal estado produtor da variedade.
Ranking
O maior produtor de café é Minas Gerais, com 34.65 milhões de sacas e crescimento de 41,10% no comparativo com 2019, graças principalmente ao arábica, que responde por mais de 90% do café do estado. O Espírito Santo, em segundo lugar, produziu neste ano 13.96 milhões de sacas, com redução de 12,41%. Das lavouras capixabas, saíram 9.19 milhões de sacas de conilon e 4.77 milhões de sacas de arábica.
São Paulo vem em seguida, com 6.18 milhões de sacas e aumento de 42,40%. A Bahia também obteve aumento expressivo, de 32,90%, alcançando 3.99 milhões de sacas. Rondônia produziu 2.44 milhões de sacas, com crescimento de 11,20%. No Paraná, com a redução de 3,30% na área, a produção somou 941.900 sacas, 1,20% inferior ao produzido em 2019.
Outros estados
Com menor expressividade na produção total, Rio de Janeiro e Mato Grosso tiveram aumento de safra este ano em 51,40% (371.000 sacas) e 30,50% (158.400 sacas), respectivamente.
Em Goiás, mesmo com a área totalmente irrigada, a produção (247.800 sacas) foi 0,60% menor que a obtida em 2019. Esse resultado se deve à redução de 11,50% na área em produção, aliada às altas temperaturas decorrentes das estiagens ocorridas nas fases críticas das plantas.
Levantamentos da Conab indicam que, em novembro, cerca de 74% da produção da safra 2020/21 já estava comercializada, enquanto no mesmo período de 2019 e na média dos últimos cinco anos, essas percentagens eram de 71% e 69%, respectivamente.
Fonte: Broadcast Agro
Equipe SNA