As importações chinesas de soja totalizaram 9.79 milhões de toneladas em setembro deste ano, um aumento de 19,50% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o Departamento de Alfândegas da China (GAAC, na sigla em inglês). Nos primeiros nove meses do ano, o país asiático importou 74.53 milhões de toneladas da oleaginosa.
Dos derivados da soja, a China adquiriu 140.000 toneladas de óleo de soja em setembro, com variação positiva de 49,70% em relação ao volume de um ano antes. De janeiro a setembro deste ano, a importação da commodity totalizou 780.000 toneladas.
As importações chinesas de milho em setembro somaram 1.08 milhão de toneladas, volume 675,10% superior ao de setembro de 2019. No acumulado do ano, o país importou 6.67 milhões de toneladas do cereal.
Trigo, algodão e lácteos
De trigo, os chineses importaram 1.07 milhão de toneladas no mês passado, com aumento de 584,50% na comparação anual. Nos nove primeiros meses do ano, as importações do cereal pelo país asiático totalizaram 6.06 milhões de toneladas.
A China comprou ainda 210.000 toneladas de algodão no mês passado, com aumento de 152,50% em relação ao mesmo período de 2019. A importação da fibra natural totalizou 1.4 milhão de toneladas entre janeiro e setembro deste ano.
Já as compras chinesas de óleo de palma atingiram 430.000 toneladas em setembro, volume 3,50% menor que o importado um ano antes. Nos primeiros nove meses do ano, a importação da commodity foi de 3,04 milhões de toneladas.
De lácteos, 270.000 toneladas foram importadas pela China em setembro, 23,80% a mais do que no mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e setembro, o país comprou 2.47 milhões de toneladas de produtos lácteos.
Açúcar, fertilizantes e carnes
As importações chinesas de açúcar somaram 540.000 toneladas em setembro, com alta de 29,10% em relação a setembro de 2019. No acumulado do ano, as importações do adoçante alcançaram 2.77 milhões de toneladas.
As compras de fertilizantes foram de 1.35 milhão de toneladas, com aumento de 21,70% em relação a setembro do ano passado. De janeiro a setembro, a China importou 8.16 milhões de toneladas de adubos.
As importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 830.000 toneladas em setembro deste ano, volume 63% maior do que o adquirido em igual mês do ano anterior, informou o GAAC.
A despesa com as importações aumentou 40,50%, atingindo US$ 2.325 bilhões no mês. Nos primeiros nove meses do ano, o país asiático importou 7.41 milhões de toneladas de carnes e miúdos.
As importações de carne suína em setembro totalizaram 380.000 toneladas, volume 121,60% superior ao de setembro de 2019. Em valor, o aumento foi de 146,60%, para US$ 924.5 milhões. No acumulado do ano, o país asiático importou 3.29 milhões de toneladas de carne suína.
De carne bovina, o país asiático importou 180.000 toneladas em setembro, com aumento de 18,90% na comparação anual. O valor desembolsado com o produto foi 1% menor, de US$ 777.08 milhões. De janeiro a setembro deste ano, a China comprou 1.57 milhão de toneladas de carne bovina do exterior.
Apesar das restrições da China às proteínas importadas, com a suspensão de vários frigoríficos em todo o mundo e testagem em massa de alimentos importados para a Covid-19, os dados mostram que o país mantém a dependência de compras externas desses produtos para abastecimento doméstico.
O aumento das importações chinesas de carnes é resultado dos surtos de Peste Suína Africana (ASF, na sigla em inglês) que dizimaram boa parte do seu plantel de suínos nos últimos dois anos.
Fonte: Broadcast Agro
Equipe SNA