Imea: espaço aberto para grãos e carnes em Mato Grosso

Mato Grosso, que já é o maior estado produtor de grãos do Brasil, deverá aumentar em 65,96% sua produção de soja na próxima década, conforme o “Outlook 2030” do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Na safra 2029/30, o órgão espera que a colheita totalize 58.45 milhões de toneladas, com avanço médio de 5,20% por ano. No caso do milho, a alta pode chegar a 91,5% até 2030, com crescimento anual de 6,70%, para 67.14 milhões de toneladas.

Assim, as lavouras mato-grossenses, que já são responsáveis por 30% da produção nacional de soja e 34% no caso do milho, deverão responder por 37% e 54% do total, respectivamente.

A alta está ligada à expansão de área das culturas, que ainda têm como ocupar 14.13 milhões de hectares de áreas de pastagem em Mato Grosso.

Além disso, o uso de tecnologias e a melhoria da logística no estado serão fundamentais para o avanço, que será sustentado pelo aumento da demanda por alimentos e biocombustíveis, segundo o Imea. No caso do algodão, a previsão é que a produção deverá dobrar até 2030, para 3.72 milhões de toneladas de pluma.

Produção animal

Entre as proteínas animais, o ramo da bovinocultura deverá ter o menor crescimento relativo, porque vem de um patamar mais consolidado.

Até 2030, espera-se que a produção de carne aumente 39,20%, para 2.13 milhões de toneladas. O crescimento do rebanho poderá ser de 31,30%, para 7.33 milhões de cabeças. Hoje, com 15,50% da produção de carne bovina do País, Mato Grosso deve chegar a 18,60% em 2030.

O aumento de oferta de carne suína no estado é estimado em 65,80%, para 443.09 milhões de toneladas, enquanto o rebanho deve crescer 63,80% e chegar a 4.67 milhões de cabeças. Responsável por 6,40% da carne suína produzida no Brasil, Mato Grosso deve atingir a fatia de 8,40% se cuidar da questão sanitária e ampliar as exportações.

Para as aves, o aumento esperado é de 65% na produção de carne, para 934.030 toneladas, com o plantel crescendo 61,40%, para 351.51 milhões de cabeças. A fatia da produção pode ir de 4% para 5,20%.

 

Fonte: Valor Econômico

Equipe SNA

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