As vendas da colheita de café do Brasil deste ano chegaram a 60% da produção estimada até o dia 8 de setembro, um avanço de 9% em relação ao mês anterior, com a finalização dos trabalhos nas lavouras impulsionando as transações, afirmou a consultoria Safras & Mercado.
Os negócios estão bem avançados em relação ao ano passado, quando 47% da safra 2019/20 estava comercializada até então, e também acima da média dos últimos cinco anos para o período, que é de 45%.
Tomando-se por base sua projeção de colheita de 68.1 milhões de sacas, a Safras & Mercado estima que o maior produtor e exportador global já vendeu 41.12 milhões de sacas de 60 quilos.
Para o analista Gil Barabach, o ritmo dos negócios continua bem acelerado, com o fim da colheita elevando a oferta disponível e facilitando o giro dos negócios.
“Além disso, o mercado também colaborou. Assim, o fluxo de negócios, embora cadenciado, seguiu muito intenso, o que resultou em um forte volume comprometido por parte dos produtores”, disse ele.
No caso do arábica, 63% da produção estimada já foi negociada. No mesmo período do ano passado as vendas estavam em 47% e a média dos últimos cinco anos é de 43%.
No conilon, os negócios alcançaram 55% da produção, contra 48% no mesmo período do ano passado e 52% na média dos últimos cinco anos.
“O dólar alto continua estimulando as vendas na exportação e garantindo sustentação aos preços, o que explica o bom fluxo de vendas”, afirmou Barabach.
Reuters
