O vice-presidente da República e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Legal, Hamilton Mourão, defendeu um novo modelo de desenvolvimento para a região amazônica baseado em pesquisa e inovação.
Mourão tem sido cobrado por uma posição mais firme do governo federal no combate às ações ilegais de impacto ambiental. Na última semana, o Ministério do Meio Ambiente anunciou que iria suspender as medidas contra o desmatamento e as queimadas.
O vice-presidente disse que o Brasil está comprometido com a sustentabilidade e a superação do modelo extrativista predatório na Amazônia.
“Somos um País sustentável, temos todas as características disso, não somos predadores”, afirmou Mourão. Segundo ele, a região enfrenta uma série de problemas, entre eles, ilícitos ambientais, baixo desenvolvimento socioeconômico, falta de regularização fundiária e infraestrutura deficiente.
“Falta água no mundo, e 20% da água doce do mundo está na Amazônia”, disse o vice-presidente. “Nós vamos vender água. Temos de nos preparar para isso. Os empresários têm de começar a olhar isso”.
Investimentos
Mourão afirmou ainda que a queda dos juros levou à fuga do capital que estava “única e exclusivamente no Brasil rendendo dinheiro”.
Segundo o vice-presidente, o Brasil tem uma grande oportunidade de atrair investidores estrangeiros para ações de risco e investimentos “por meio de um ambiente de negócios estável e de segurança jurídica”.
Mourão defendeu também mudanças estruturais como as reformas tributária e administrativa, o teto de gastos e gatilhos fiscais como forma de elevar a confiança no País. “Sem confiança não há avanço na economia”, disse.
Relações internacionais
Além disso, 0 vice-presidente afirmou que é necessário resgatar a vocação econômico-comercial do Mercosul. “Nesse contexto de acirramento das tensões de disputa entre grandes potências, qual a visão do Brasil? O pragmatismo e a flexibilidade”, concluiu.
Fonte: Estadão Conteúdo
Equipe SNA