A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou nesta terça-feira os números brasileiros de sete safras de soja anteriores, um movimento bastante aguardado pelo mercado, que apontava inconsistências nas estimativas de produção quando comparadas com dados de exportação e consumo.
Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, a revisão nos números do maior produtor e exportador global da oleaginosa resultou em aumento da oferta do Brasil de 14.4 milhões de toneladas no período revisado.
“As últimas três safras concentraram as maiores revisões, que somaram 12.4 milhões de toneladas, incluindo 3.57 milhões de toneladas na última safra, agora estimada em 124.46 milhões de toneladas.
A mudança foi anunciada em evento online para a divulgação dos números das perspectivas de safra 2020/21, com participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do presidente da Conab, Guilherme Bastos”, indicou a consultoria.
Além disso, a exportação de soja do Brasil em 2021 foi estimada nesta terça-feira em recorde de 86.79 milhões de toneladas, contra 82 milhões de toneladas estimadas para 2020, informou a Conab em relatório sobre perspectivas para a temporada 2020/21, cujo plantio começa em setembro.
“As exportações do ano que vem superariam o volume histórico visto em 2018, quando o país exportou cerca de 83 milhões de toneladas”, relatou a Companhia.
“Os embarques no próximo ano contam com um câmbio favorável que deixa o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional, além da forte demanda da China, o que tem acelerado as vendas antecipadas para a próxima safra”.
Já a produção de soja do Brasil, acrescentou a Conab, “deverá atingir um recorde de 133.5 milhões de toneladas na nova safra (2020/21). Isso significaria um aumento de nove milhões de toneladas em relação à safra deste ano, quando a produção do Rio Grande do Sul foi bastante prejudicada pela seca”.
Fonte: Agrolink
