FCStone eleva estimativa da safra de soja 2019/20 do Brasil para 124.22 milhões de toneladas

A INTL FCStone elevou a sua estimativa de produção de soja no Brasil em 2019/20 para 124.22 milhões de toneladas. Até fevereiro, a estimativa era de uma safra de 124 milhões de toneladas. A projeção da área plantada foi mantida em 36.73 milhões de hectares, e a de rendimento médio, em 3,38 toneladas por hectare, mas houve ajustes de produtividade em dez estados.

Segundo a consultoria, o avanço da colheita tem indicado perspectivas positivas e recordes históricos em vários locais, como em Mato Grosso, onde a produção deve ficar em 34.47 milhões de toneladas. Até o mês passado, a estimativa era de 33.67 milhões de toneladas.

“Esse resultado muito positivo, configurando um recorde histórico para o Brasil e superando consideravelmente o registrado pelos EUA no ciclo 2018/19, ocorre mesmo com as perdas no Rio Grande do Sul”, indicou, em nota, a analista de inteligência de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.

A estimativa da produção gaúcha foi reduzida, ficando em 17.14 milhões de toneladas, contra 18.80 milhões de toneladas previstas até o mês passado, uma vez que as chuvas continuaram irregulares no último mês.

Há previsão de estiagem na região norte do estado para os próximos dez dias. Com isso, o Rio Grande do Sul perde o posto de segundo maior produtor para o Paraná, que nesta safra deve colher 20.42 milhões de toneladas, segundo a consultoria.

A FCStone também promoveu ajustes na demanda. O consumo interno passou de 48 milhões para 48.5 milhões de toneladas, enquanto as exportações foram elevadas para 75 milhões de toneladas, contra 72 milhões de toneladas estimadas em fevereiro.

“Apesar das preocupações quanto a um impacto negativo do acordo entre China e EUA, os dados dos line-ups indicam embarques muito fortes e cerca de 60% da safra já está comercializada”, indicou Ana Luiza.

Milho

A INTL FCStone também aumentou a sua estimativa da produção do milho safrinha no Brasil em 2020 para 74.28 milhões de toneladas. No mês passado, a projeção era de 71.97 milhões de toneladas. A consultoria elevou a estimativa de área plantada, de 13.13 milhões para 13.30 milhões de hectares, enquanto a da produtividade média foi aumentada de 5,48 toneladas para 5,58 toneladas por hectare.

Segundo a FCStone, o aumento da área plantada de safrinha acompanha a demanda aquecida do milho e os preços sustentados do cereal. A consultoria destacou o aumento de área em Mato Grosso, que deve plantar 5.14 milhões de hectares e colher 33.05 milhões de toneladas. O levantamento da FCStone indica que 95% da área de inverno no estado já estava plantada até 28 de fevereiro.

Co relação à primeira safra do cereal, a consultoria reduziu a sua estimativa de produção para 25.67 milhões de toneladas, contra 25.91 milhões de toneladas estimada em fevereiro. A estimativa de área plantada sofreu leve ajuste, de 4.204 milhões para 4.199 milhões de hectares, enquanto a de rendimento foi de 6,16 para 6,11 toneladas por hectare.

“O Rio Grande do Sul passou por mais uma redução na produtividade esperada, diante da irregularidade das chuvas”, disse a analista Ana Luiza. Situação parecida também foi registrada em Santa Catarina, onde a perspectiva de produção sofreu ajuste para baixo.

A FCStone estimou a produção total de milho do Brasil em 101.1 milhões de toneladas. A previsão leva em conta ainda o número de produção para a terceira safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de pouco mais de um milhão de toneladas.

O consumo doméstico foi estimado em 70 milhões de toneladas, estimulado pelo uso para ração e também para etanol, com vários projetos de usinas em andamento.

“As preocupações com uma restrição de oferta do cereal, principalmente antes da entrada da safrinha no mercado, se mantêm”, afirmou Ana Luiza. A consultoria estima exportação de 35 milhões de toneladas.

 

Broadcast Agro

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