A produção de soja deve representar metade do volume de toda produção nacional de grãos em 2020, segundo as estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (11/2) pelo IBGE.
A pesquisa estima que a safra brasileira deverá ser a maior da série histórica do instituto, iniciada em 1975, chegando a 246.7 milhões de toneladas, 2,20% acima do volume de 2019.
A projeção é de recorde também na produção de soja, com aumento de 8,70% em relação a 2019, totalizando 123.3 milhões de toneladas, e na safra de algodão, com aumento de 1,60%, chegando a 7 milhões de toneladas.
A soja, o milho e o arroz são os três principais produtos, que, somados, representaram 93,20% da estimativa da produção e responderam por 87,20% da área a ser colhida.
Em relação ao ano anterior, houve aumento de 1,30% na área do milho, de 2,40% na área da soja e uma redução de 2,50% na área de arroz. Preços favoráveis ao produtor vêm incentivando o cultivo do milho e da soja.
“Os preços dessas commodities tiveram incremento nos últimos meses de 2019, estando bons tanto no mercado interno quanto no externo, o que torna atraente o cultivo desses grãos”, afirmou o gerente de Agricultura do IBGE, Carlos Alfredo Guedes.
“A soja deve atingir metade de toda a produção nacional e o milho, que na primeira safra já teve um aumento de 2,10% em relação ao mês anterior e de 3,90% na comparação com o ano anterior, deve ter nova alta na produção para a segunda safra, até 3,40% superior ao mês anterior”, disse.
No final do mês de janeiro, a saca de 60 kg da soja fechou cotada a R$ 85,33 no porto de Paranaguá/PR, segundo o indicador da soja divulgado pelo Cepea/Esalq/USP, o que representou uma queda de 2,90% no mês, mas também uma alta de 10,70% nos últimos 12 meses.
A estimativa de produção para 2020 totalizou 123.3 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 8,70% em relação à safra anterior. Se confirmado, este volume ultrapassará o recorde alcançado em 2018, atingindo nova marca histórica.
Já a saca de 60 kg de milho fechou janeiro cotada a R$ 51,16, de acordo com o indicador do milho divulgado pelo Cepea/Esalq/USP, registrando alta de 5,22% no mês. A estimativa da produção aumentou 3,10%, totalizando 96.2 milhões de toneladas, com reavaliações da área plantada e do rendimento médio, que cresceram 0,80% e 2,30%, respectivamente.
Em relação ao ano anterior, a produção é 4.4 milhões de toneladas menor, com queda de 5,60% no rendimento médio, e aumentos de 0,80% na área a ser plantada e de 1,30% na área a ser colhida.
IBGE