As exportações de soja do Brasil deverão ultrapassar as 75 milhões de toneladas em 2019. A estimativa é do consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, diante dos últimos números da Secex (Secretaria de Comércio de Exterior). “Já exportamos 71.6 milhões de toneladas e ainda resta um mês e meio pela frente, ainda com muito para ser embarcado e já negociado”, disse.
Segundo a secretaria, o Brasil já exportou 2.010.600 toneladas de soja no mês de novembro, com média diária de 201.100 toneladas. A média menor do que a de outubro, que foi de 211.700 toneladas, mostra que a oferta da oleaginosa nacional está cada vez mais justa. Com este ritmo sendo mantido, os números deverão superar as expectativas para o mês e, consequentemente, para o ano.
A demanda pela soja do Brasil segue forte, apesar dos problemas enfrentados pela China por conta da Peste Suína Africana, e tem sido alimentada, principalmente, pela continuidade da guerra comercial entre chineses e americanos. Longe do fim, a nação asiática, que ainda precisa comprar para se abastecer até o final deste ano e início do próximo, antes do feriado do Ano Novo Lunar, segue focada no mercado brasileiro.
Assim, para Brandalizze, “o ritmo atual mostra que as vendas têm fôlego para se aproximar das 77 milhões de toneladas e até superar esse número”.
China: importações x peste suína
Em outubro, as importações de soja da China totalizaram 6.180.000 toneladas, segundo dados divulgados pela Secretaria Geral de Alfândegas do país. Em outubro de 2018 foram importadas 6.920.000 toneladas. Em relação a setembro, a queda foi de 24,60%, quando as compras somaram 8.200.000 toneladas.
As importações chinesas mais tímidas estão intimamente ligadas à Peste Suína Africana. Levantamento do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais mostra que o plantel de suínos chinês foi reduzido em 41% em setembro, se comparado há um ano.
Na última semana, representes da trading ADM divulgaram um levantamento apontando que os efeitos da doença são mais severos do que o inicialmente previsto e que o impacto real deste surto ainda está sendo contabilizado.
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