O Brasil e a China assinaram na última sexta-feira dois protocolos sanitários para a exportação de farelo de algodão e carne termo processada, embora o comércio de farelo de soja permaneça em um impasse. A informação foi divulgada em nota pelo Ministério da Agricultura.
De acordo com o comunicado da pasta, os acordos foram assinados pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e pela Administração Geral de Aduanas da China, em meio à visita do presidente Jair Bolsonaro ao país asiático.
“Os protocolos estabelecem os requisitos para permitir a exportação dos dois produtos do Brasil à China”, informou o ministério, destacando que os objetivos de acordos desse teor é o de evitar a entrada de pestes ou pragas endêmicas do exportador no país importador.
Com exportação ainda incipiente pelo Brasil, o farelo de algodão é utilizado como ração animal, enquanto a carne termo processada, de vendas mais consolidadas, passa por processos térmicos como a cocção.
Tereza Cristina havia antecipado na quinta-feira, em vídeo publicado em seu Twitter, o encaminhamento do acordo para a exportação de farelo de algodão. Ela mencionou que os embarques de farelo de soja também estiveram em pauta com a China, mas ainda demandam mais negociações.
“Temos também, na área de produtos vegetais, um encaminhamento do protocolo de farelo de algodão e de farelo de soja, que está um pouco mais complicado, mas em andamento”, disse a ministra à ocasião.
O setor brasileiro de soja já negocia há algum tempo um acordo para exportar mais farelo da oleaginosa aos chineses, que preferem importar o grão bruto e processá-lo localmente, mas as conversas ainda não apresentaram resultados concretos.
Reuters