O potencial do controle biológico na soja

É cada vez maior o número de produtores que buscam no controle biológico não só economia em agrotóxicos, mas eficiência no combate à doenças na soja. A premissa básica do controle biológico é controlar as pragas agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus inimigos naturais, que podem ser outros insetos benéficos, predadores, parasitoides e microrganismos, como fungos, vírus e bactérias.

No ano passado, o Ministério da Agricultura autorizou o uso de 52 novos produtos desse tipo. Em 2017 foram 40 registros. A variedade desses produtos beneficia muitas culturas, uma vez que, a maior parte deles são registrados para mais de um alvo biológico. Atualmente, o tempo médio entre o pedido de registro pelo interessado e a conclusão do processo varia de três a seis meses.

Embora o tema venha sendo discutido com mais ênfase recentemente, a Embrapa já pesquisa o assunto desde a década de 80 e conta com cerca de 30 unidades de várias regiões brasileiras e mais de 130 projetos de pesquisa voltadas ao tema.

Os pesquisadores da área de Controle Biológico de doenças e nematoides do Instituto Phytus, Caroline Goulart e Cristiano Bellé, apontam que o uso de produtos biológicos pode ser aliado no controle de doenças de solo e da planta de soja, com bons resultados em produtividade. Porém, o produtor não pode esperar a mesma forma de atuação de um produto químico, já que o controle se dá de forma diferente. (Ver o vídeo abaixo)

Dados mostram ainda que os defensivos biológicos podem gerar economia de até 30% nos custos de produção de soja. Em uma área atacada por nematoides, por exemplo, produtores conseguiram aumentar a produtividade de 28 sacas por hectare para até 60 sacas com o manejo natural.

 

Agrolink

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp