As exportações brasileiras de café bateram recorde no ano-safra 2018/19 (encerrado em junho) e somaram 41.1 milhões de sacas de 60 quilos. O volume é 35% superior ao exportado em 2017/18, segundo dados compilados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O recorde anterior era de 36.6 milhões de sacas em 2014/15.
O maior volume compensou a forte queda de 18,70% no preço médio, para US$ 131,14 a saca. Com isso, a receita cresceu 9,80% em relação ao ciclo anterior, para US$ 5.3 bilhões.
Além da maior oferta, o Brasil colheu um volume recorde de 61.6 milhões de sacas na safra 2018/19. O Cecafé atribuiu o resultado ao aumento de participação em mercados tradicionais.
“O Brasil tem 38% de participação de mercado e a expectativa é que em dois ou três anos chegue a 40%”, disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes. Os Estados Unidos permaneceram como o principal destino do café brasileiro, respondendo por 30,67% dos embarques ou 7.5 milhões de sacas.
Do volume total exportado, 33.6 milhões de sacas foram de café arábica – 27,90% mais do que em 2017/18, o que representa um recorde para a variedade.
As exportações de conilon aumentaram 429,10% no ano-safra, para 3.6 milhões de sacas. As vendas externas de café verde cresceram 38,10% em relação ao ciclo anterior, para 37.2 milhões de sacas. Já as exportações de café solúvel também registraram recorde e totalizaram 3.9 milhões de sacas em 2018/19, com aumento de 11,30%.
Valor Econômico