Soja: demanda aquecida por farelo e óleo impulsiona negociações
As maiores demandas interna e externa por farelo e por óleo de soja impulsionaram as negociações e os preços desses derivados.
No caso do farelo, a procura doméstica vem especialmente do segmento de proteína animal. Quanto ao óleo, uma parcela das indústrias sinaliza ter comprometido o produto até meados de junho, e a maior parte deve ser destinada à produção de biodiesel.
Segundo pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a alta nos preços dos derivados esteve atrelada também à alta da matéria-prima e à retração dos produtores na comercialização envolvendo grandes lotes.
Além disso, o temor quanto à possível alteração na tabela de frete mínimo tem deixado traders receosos nas negociações de contratos a termo.
O Indicador Esalq/BM&FBovespa da soja Paranaguá (PR) subiu 2,20% entre os dias 17 e 24 de maio, ficando cotado a R$ 81,13/saca de 60 kg na sexta-feira (24/5). No mesmo comparativo, o Indicador Cepea/Esalq Paraná aumentou 1,40%, registrando R$ 75,01/saca de 60 kg na sexta.
Milho: retração vendedora e demanda aquecida mantêm preços firmes
Até o início de maio, as boas estimativas para a temporada 2018/19 vinham pressionando as cotações de milho. Já nesta segunda quinzena do mês, a retração dos vendedores e a demanda mais aquecida passaram a dar suporte aos preços, que estão em ritmo de recuperação, segundo levantamento do Cepea.
Nos portos, os preços também estão em alta. Neste caso, as recentes altas do dólar, as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, as dificuldades no plantio norte-americano e a disponibilidade elevada no Brasil favorecem as exportações nacionais.
Entre os dias 17 e 24 de maio, o Indicador Esalq/BM&FBovespa (Campinas – SP) subiu expressivos 2,90%, fechando a R$ 35,71/saca de 60 kg na sexta-feira (24).
Cepea