O Brasil poderá exportar 29.5 milhões de toneladas de milho na safra de 2020, segundo informação da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). De acordo com a instituição, isso fará com que o País se torne o segundo maior exportador do produto no mundo.
Relatório divulgado pela FAO indicou que, durante a última década, a produção e as exportações de milho do Brasil passaram por um grande boom, sendo que a produção total aumentou de pouco menos de 52 milhões de toneladas em 2007/2008 para quase 98 milhões de toneladas em 2017/2018.
Esse crescimento da produção permitiu que o país aumentasse suas exportações de milho quase continuamente, alcançando 36 milhões de toneladas em 2015/2016, época em que capturou quase 26% do mercado mundial. “É um grande crescimento em comparação com os seis milhões de toneladas que exportou apenas uma década antes, quando representava menos de 1% do total mundial”, informou a FAO.
“O Brasil se tornou, por um tempo, o maior exportador de milho do mundo em 2012/2013, quando uma severa seca prejudicou a safra de milho nos Estados Unidos”, destacou o órgão.
“As remessas de milho do Brasil para a Ásia saltaram de 1,5 milhão de toneladas em 2007/2008 para um máximo de 27 milhões de toneladas em 2015/2016, o que permitiu grandes incursões em mercados-chave, como a República Islâmica do Irã, Japão, República da Coréia, Vietnã e Malásia”, indicou o relatório da FAO.
Na África, onde as exportações de milho do Brasil aumentaram de zero para pouco menos de cinco milhões de toneladas em menos de uma década, cerca de 30 países se tornaram clientes do milho brasileiro, sob a liderança do Egito, Marrocos e Argélia.
Agrolink
