Pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, apontou que os preços médios da soja no mercado físico brasileiro fecharam a terça-feira (7/5) subindo 1,53% no interior do país. Isso elevou a média para R$ 68,85/saca, com praças em que o preço foi maior, reduzindo para 0,40% as perdas no mês de maio.
Segundo a T&F Consultoria Agroeconômica, uma venda de 390.000 toneladas de soja para a China, realizada nesta terça-feira, permitiu às indústrias brasileiras elevarem os preços. “A maior parte destas vendas foi apenas um fechamento de soja que já estava depositada nos armazéns das indústrias, como acontece na maioria dos casos”, informou a consultoria.
Nos portos, a média dos preços também subiu 0,81%, para R$ 74,92/saca. Com isso, os ganhos do mês foram elevados para 0,75%. “Voltamos a dizer: isto foi uma média. Houve situações de preços mais altos e outros mais baixos do que este”, disse o analista da T&F, Luiz Fernando Pacheco.
Os prêmios de exportação do grão voltaram a subir nesta terça-feira, porém menos: maio permaneceu inalterado, junho subiu US$ 0,02/bushel, julho aumentou US$ 0,03 e agosto subiu US$ 0,22/bushel nos portos brasileiros.
No entanto, a maioria dos preços aumentou durante os pregões de câmbio e de Chicago, com o dólar chegando a R$ 4,00 e o vencimento julho/19 a US$ 8,36 ¼ (5,75 centavos de alta), embora depois tenha fechado a US$ 8,30 ¾.
“Isto permitiu o fechamento de alguns lotes a R$ 76,00 no porto de Rio Grande, durante o pregão, contra R$ 74,00 do dia anterior, mas a saca fechou cotada a R$ 75,50″, disse Pacheco.
“Informações do interior do país nos relatam que o mercado realizou mais negócios de milho. Na soja, grandes produtores com pedidos de R$ 64,00 no mercado spot e R$ 65,00 para junho, na Bahia. Já os pequenos e médios produtores continuam segurando os lotes e com pedidos maiores”, acrescentou o analista.
Agrolink