O novo relatório do Rabobank indicou que as perspectivas para a produção de algodão na próxima safra se encaminham para um novo recorde, com 1.55 milhão de hectares de área destinada à cotonicultura no atual ciclo, a maior desde a temporada 1991/92. Nesse cenário, a estimativa confirmou o que foi descrito no documento “Perspectivas para o Agronegócio Brasileiro 2019”, divulgado pela instituição em dezembro.
“No comparativo com a safra passada, a antecipação da colheita da soja possibilitou o bom andamento da semeadura do algodão segunda safra em Mato Grosso. Na Bahia, as lavouras também tiveram um desenvolvimento inicial dentro das expectativas, apesar do volume de chuvas abaixo do normal no início do ano que impactaram a soja e o milho”, informou o Rabobank.
Dessa forma, em caso de condições climáticas alinhadas com o histórico e assumindo a linha de tendência de produtividade, a produção brasileira de algodão poderá atingir 2.5 milhões de toneladas de pluma na safra 2018/19, consolidando um novo recorde no Brasil.
“Segundo o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária), cerca de 70% da produção estimada de algodão da safra 2018/19 de Mato Grosso já está comercializada por parte dos produtores”, anunciou o Rabobank.
“Em meados de 2018, os contratos futuros em Nova York (ICE) para dezembro/19 ainda se mantinham próximos de US$ 0,80/lp. Além disso, o dólar futuro para o mesmo período superava os R$ 4,00, o que possibilitava travar preços acima dos R$ 100,0/@ de pluma, fator que impulsionou as vendas da safra 2018/2019″.
Com essa estratégia de comercialização antecipada, o Rabobank estima que a margem operacional do algodão nesse ciclo fique próxima de 38% em Mato Grosso.
Agrolink