Milho impulsiona safra 18/19

A soja terá redução de 4,9%, em relação à safra anterior, chegando a 113,5 milhões de toneladas.


O milho será o principal impulsionador da safra 18/19, estimada em 233,3 milhões de toneladas, a segunda maior da série histórica do País. De acordo com a Conab, o desempenho se dará, principalmente, pela melhora da produção da segunda safra do cereal.

Para a segunda colheita do milho, a expectativa é de que a produção chegue a 66,6 milhões de toneladas, volume 23,6% superior ao registrado na safra passada. “Esse resultado é reflexo da maior área”, afirma o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Cleverton Santana.

“Com 80% dos grãos já plantados, os agricultores devem destinar 12 milhões de hectares para plantio ao invés dos 11,5 milhões de hectares da safra passada”, diz ele.

O superintendente ressalta ainda que a produtividade deve melhorar. “A expectativa é de que sejam colhidos 5.228 quilos por hectare. Mas estamos trabalhando com dados estatísticos, uma vez que ainda não é possível aferir o desempenho do milho nas lavouras”.

O diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Silvio Farnese, disse que a safra de grãos será suficiente para atender ao consumo interno do país e também aos compromissos de exportação.

O estudo aponta que o algodão também teve destaque positivo, chegando a uma produção de até 2,6 milhões de toneladas da pluma, incremento que chega a 28,4%. Com um cenário de mercado favorável para o produto, os agricultores brasileiros investiram em uma maior área plantada, que deve atingir a marca de 1,6 milhão de hectares.

A soja, responsável por cerca de 49% da produção nacional de grãos, terá redução de 4,9%, chegando a 113,5 milhões de toneladas. A quebra de safra prevista em 5,8 milhões de toneladas pode ser observada em importantes estados que cultivam a oleaginosa, como Paraná, Goiás, Mato Grosso do Sul e região do Matopiba, principalmente na Bahia. Mesmo assim, esta é a terceira maior produção já registrada, chegando próxima do volume total de soja produzidos pelo país na safra 2004/2005.

O feijão também apresentou produção menor na primeira safra. Com colheita de 987,5 mil toneladas, a queda pode chegar a 23,2%. Com menos produto no mercado, o preço da leguminosa está atrativo para os produtores, o que incentiva maior área plantada na segunda safra do grão, que poderá resultar em produção de 1,36 milhão de toneladas.

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