Pesquisa diária do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) mostrou que os valores médios da soja no mercado físico brasileiro fecharam a sexta-feira (1/3) subindo 1,02% nos preços sobre rodas nos portos, para R$ 78,94/saca. No interior os preços recuaram 0,38%, para R$ 73,08 a saca, diante da falta de demanda das fábricas de ração.
“Os vendedores brasileiros, que andaram retraídos na última semana, aproveitaram a segunda alta consecutiva do dólar (hoje de 1,27%), aliada com a alta de 0,60%, atingindo a sua maior cotação do dia (depois fechou em alta de apenas 0,05%), para comercializar uma considerável porção de sua disponibilidade”, disse Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica.
“Segundo relatos apurados no mercado, foram negociados nesta quinta-feira entre 800.000 e 1.4 milhão de toneladas de soja brasileira para exportação”, completou o analista.
Segundo a AgResource, as chuvas se mantêm para o Brasil, a grande maioria na região produtora de safrinha, que continuará a ser regada por índices pluviométricos num raio de 15-35 mm nestes próximos 15 dias.
“Uma mistura de dias chuvosos e dias de céu aberto com temperaturas elevadas dão forma para um cenário muito favorável para o desenvolvimento da segunda safra de milho no país”, indicou a consultoria.
“Até o dia 12 de março, o Rio Grande do Sul e o noroeste do Mato Grosso serão as regiões com totais mais intensos, que poderão alcançar os 120 mm acumulados dentro dos próximos cinco dias”, informou a ARC Mercosul.
“Todo o lado norte da Argentina também encaixa neste mesmo cenário, com alertas de enchentes sendo adicionados para o norte da província de Santa Fé, sul de Chaco e centro de Corrientes. No entanto, este não deve ser um padrão generalizado pelo país, apenas com prejuízos estritamente pontuais”, concluiu a consultoria.
Agrolink
