A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aproveitou a primeira reunião da Câmara de Crédito, Seguro e Comercialização do Agronegócio do Ministério da Agricultura em 2019, realizada no dia 19 de fevereiro, para apresentar uma proposta de reestruturação da política agrícola.
Segundo o vice-presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA, Antônio Da Luz, o objetivo é promover uma simplificação da legislação, que passaria a englobar sob o mesmo guarda-chuva aspectos relacionados a crédito, seguro rural e endividamento.
“Queremos que o produtor rural fique mais protegido. Se ele tiver menos riscos, o sistema financeiro terá menos riscos e ele poderá tomar mais dinheiro com juros melhores”, disse Da Luz, que é também economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).
Segundo Da Luz, falta ao país uma política agrícola na qual “o produtor seja o sujeito da ação”. Ele ressaltou que, apesar de anúncios de grande volume de crédito, há de fato pouco dinheiro para o setor agrícola. “Os produtores têm cada vez menos acesso ao crédito, sem falar nos problemas de excesso de chuvas, seca, riscos cambiais e infraestrutura para resolver”, disse.
Estadão Conteúdo