Soja: terça-feira fecha com quedas nos preços

A queda de 1,13% nas cotações da soja em Chicago suplantou a alta de 0,71% do dólar no Brasil e provocaram nova queda nos preços da soja no País ontem (15/01). Foi isso o que informou Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica.

“Nos portos a queda foi de 1%, fazendo o preço sobre rodas recuar para R$ 74,91/saca e no interior a queda foi de 0,65%, para R$ 70,65/saca. No mês de janeiro, o recuo acumulado nos preços de exportação já chega a 6,56% e no interior a 4,66%, segundo pesquisa diária do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada)”, indicou Pacheco.

Nesse cenário, o especialista informou que, no Brasil, o início da colheita da soja, juntamente com os estoques remanescentes acabaram pressionando os preços. Por outro lado, ele indicou que a falta de ofertas dos vendedores nos níveis atuais fez a maioria dos mercados permanecerem paralisados, com os agricultores mais atentos à colheita do que à comercialização da safra.

“A colheita de soja da safra 2018/19 em Mato Grosso, principal produtor nacional, atingiu 5,62% da área plantada até a última sexta-feira, informou na véspera o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), em um avanço de 4,33% na comparação anual. O oeste do Estado é a região onde os trabalhos estão mais adiantados, com 9,14% da área já colhida. No nordeste mato-grossense, as atividades de campo ainda estão em estágio inicial, com colheita de 2,29% da área”.

Início da colheita pressiona preços do milho

O analista Luiz Fernando Pacheco da T&F Consultoria Agroeconômica indicou que o início da colheita da safra de verão no Brasil acabou pressionando os preços do milho ontem (15.01). Nesse cenário, a pesquisa diária do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) registrou quedas de 1,54%, para R$ 37,12/saca na principal praça de referência.

“As principais características do mercado de milho neste momento são: a) muita especulação e poucos negócios confirmados; b) o avanço da colheita de verão muda as atenções do milho para a soja, deixando uma lacuna no mercado; c) tanto produtores quanto indústrias e granjas pouco ofertam/demandam. Os últimos, inclusive, estão com estoques consideráveis e quando necessitam voltar ao mercado optam por lotes de fora do estado (tributado) para não chamar atenção”, indicou.

Sendo assim, as perdas registradas pelo CEPEA na praça de Campinas acabou aumentando as perdas de janeiro para 3,21%. Já no Paraná, o analista afirmou que o estado está quase colhendo a 1ª safra, que já está 15% maturada e já plantou 9% da 2ªsafra de milho para o período 2018/19.

No seu relatório de terça-feira o DERAL destacou que o plantio de milho de segunda safra, o “safrinha”, avançou 6% em uma semana, para 9% da área estimada. Há um ano, a semeadura ainda não havia começado. Boletim da Epagri/Cepa registra que a estimativa de dezembro de 2018 para a próxima safra aponta uma recuperação da área cultivada de milho, incluindo milho 1ª safra e milho 2a Safra, em 7,5% em relação à safra 2017/18.

Agrolink

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