As exportações de soja do Brasil cresceram em outubro tanto na comparação mensal quanto na anual, a um recorde para o mês. É o que mostram os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, com o apetite da China pela commodity mantendo fortes os embarques do maior exportador global da oleaginosa.
Foram exportadas 5.3 milhões de toneladas de soja em outubro. O volume é 16% maior do que o registrado em setembro e mais de duas vezes superior ao observado em igual período de 2017.
Com isso, as exportações brasileiras de soja acumularam, nos dez primeiros meses do ano, 74.5 milhões de toneladas, já bem perto da estimativa de 77 milhões de toneladas feita pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para o ano todo.
A própria entidade, em entrevista recente à Reuters, disse que os embarques de soja do Brasil devem ultrapassar o inicialmente esperado para 2018.
Historicamente, as vendas da commodity pelo Brasil vão se enfraquecendo ao longo do segundo semestre, dado o fim da colheita e a concorrência com o produto dos Estados Unidos.
Neste ano, contudo, o Brasil dispõe de ampla oferta de soja, após uma colheita recorde de cerca de 120 milhões de toneladas, e também viu a demanda chinesa disparar em razão da disputa comercial com os Estados Unidos, que levou Pequim a aplicar uma taxa sobre as importações de soja norte-americana.
Pelos dados mais recentes da aduana chinesa, revelados também nesta quinta-feira, as compras de soja do Brasil pelo gigante asiático aumentaram 28% em setembro.
Segundo o governo brasileiro, as exportações de soja em outubro geraram receita de US$ 2.1 bilhões, com preço médio de US$ 393,80 a tonelada, contra US$ 1.8 bilhão e US$ 397,20 a toneladas em setembro. Há um ano, o faturamento foi de US$ 939.5 milhões e o preço médio da tonelada, de US$ 377,80.
Fonte: Reuters