Estimativa do Valor Bruto da Produção agropecuária do País aumenta para R$ 574.2 bilhões

O Ministério da Agricultura voltou a elevar sua estimativa para o Valor Bruto da Produção agropecuária (VBP) do País em 2018. Com visão cada vez mais otimista sobre o mercado de soja, carro-chefe do agronegócio nacional, a pasta passou a prever o VBP do campo em R$ 574.2 bilhões, ou seja, R$ 8.6 bilhões a mais que o estimado em setembro, mas com montante 2,7% menor que o recorde observado em 2017.

A partir da colheita recorde na safra 2017/18, valorizada pela quebra da safra argentina e pelas disputas comerciais entre Estados Unidos e China, a soja deverá representar 25,1% do valor total. O ministério aumentou sua previsão para o VBP da oleaginosa para R$ 143.9 bilhões, um novo recorde 11,8% superior ao anterior, de 2017. Desde 2011, o VBP da soja só registra aumentos.

Em relação apenas ao valor da produção das 21 culturas agrícolas que fazem parte do levantamento (a fatia da soja deverá alcançar 37% em 2018), o Ministério da Agricultura projeta o VBP da agricultura brasileira este ano em R$ 389.1 bilhões – 1,7% abaixo do resultado do ano passado.

Essa queda, apesar do avanço da soja e dos crescimentos dos valores das produções de algodão (44,4%, para R$ 34.1 bilhões), de café (6,6%, para R$ 24.5 bilhões) e de trigo (79,7%, para R$ 5 bilhões), está sendo determinada por resultados negativos previstos para cana, milho, laranja, mandioca, banana, arroz e feijão, que em geral amargaram quedas de preços.

Desse rol, a maior queda estimada pelo ministério é a do feijão (32,4%, para R$ 6.1 bilhões). Em seguida aparecem a laranja (queda de 19,2%, para 12.6 bilhões), o arroz (R$ 17,6%, para R$ 9.9 bilhões), a mandioca (19,2%, para R$ 10.6 bilhões), o milho (10%, para R$ 47 bilhões), a cana (14,3%, para R$ 63.6 bilhões) e a banana (9,2%, para R$ 10.8 bilhões).

Em relação às cinco principais cadeias da pecuária brasileira, o Ministério da Agricultura elevou sua estimativa para o VBP para R$ 185.2 bilhões. Mas ainda que seja R$ 3.9 bilhão superior ao valor previsto em agosto, o montante ainda é 4,8% menor que o calculado para 2017. E o peso para a baixa é exercido por todas as cadeias produtivas.

Nessa frente, a maior retração do valor da produção será a dos suínos (19,6%, para R$ 14 bilhões), seguida por ovos (13,1%, para 10.7 bilhões), frango (3,8%, para 52.1 bilhões), leite (3,4%, para R$ 32 bilhões) e bovinos (1,5%, para R$ 76.4 bilhões).

 

Fonte: Valor Econômico

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