Quem disse que só de mel vive o apicultor? Outros subprodutos fornecidos na criação de abelhas podem trazer lucros, a exemplo da cera. Boa oportunidade de renda no período da entressafra do mel, ela pode ser usada como matéria-prima na fabricação de artigos biodegradáveis, um bom nicho de mercado que atende àqueles consumidores mais conscientes.
Esta alternativa consta no relatório do Sistema de Inteligência Setorial (SIS) do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). É o que publicou a Revista A Lavoura, nas páginas 23 e 24 na edição nº 712/2016.
O documento aponta as características técnicas, processos de extração e produtos obtidos a partir da cera de abelha. Além de ser utilizada como insumo na apicultura, serve para as indústrias de cosméticos, farmacêuticas e odontológicas (cera branqueada), além de ser aproveitada também em mobiliários, tintas e artigos de couro.
O relatório indica que as abelhas precisam produzir seis quilos de mel para chegar a um quilo de cera. A extração deste subproduto, mostra o SIS/Sebrae, é um processo de suma importância, porque influencia diretamente na qualidade do produto final. Para tanto alerta que, durante este procedimento, é necessário evitar contaminações e desperdícios.
Entre as várias técnicas de extração e purificação da cera estão:
• Processo do saco – É o mais simples e antigo. Consiste em colocar a cera dos favos em sacos de pano mergulhados em água para filtrar as impurezas. Apesar disto, apresenta rendimento baixo e qualidade inferior da cera;
• Derretedor ou purificador solar – Nesta técnica, a cera é armazenada em um derretedor exposto ao sol, que aproveita ao máximo a luminosidade. O método purifica pouca quantidade por dia, mas resulta em uma cera de qualidade, a partir de energia limpa e renovável;
• Derretedor ou purificador a vapor – Um recipiente com parede dupla, com água entre as duas superfícies, gera um vapor que derrete a cera dos favos. Este rápido processo permite derreter os favos mais velhos, mas demanda cuidado constante com o nível da água.
Continue lendo a reportagem veiculada na edição nº 712/2106 (páginas 23 e 24) da Revista A Lavoura, clicando aqui!
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Fonte: Revista A Lavoura – Edição nº 712/2016