Brasil se destaca no mercado mundial de feijão

Informações divulgadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) indicam que o Brasil vem se destacando internacionalmente no mercado de feijão, principalmente em transações com a Índia. Segundo o coordenador de Inteligência de Mercado da Apex-Brasil, Igor Celeste, por mais que algumas intempéries tenham atrapalhado as negociações da Índia, o Brasil não foi afetado.

“O Brasil mostra competitividade no setor de feijões e tem espaço para crescer. Ainda que tenha havido uma queda das importações indianas de 27% no último ano, o Brasil foi o único player a ganhar mercado, enquanto grandes competidores como Mianmar e China, respectivamente, o primeiro e segundo colocados na exportação de feijões para a Índia, perderam espaço”, disse Celeste.

Nesse cenário, a Índia importou cerca de US$ 553.8 milhões em feijões no ano de 2017, sendo 66,2% mungo, 25,7% feijão rajado, preto e carioca e 8,1% caupi. Deste último, que corresponde a cerca de US$ 44.6 milhões, a Índia importa 74% do Brasil. Para o adido agrícola do Brasil em Nova Déli, Dalci Bagolin, a diminuição nas compras do país de outros grandes exportadores foi fundamental para o Brasil.

“Em função da boa safra indiana nos últimos dois anos e do aumento na área cultivada de pulses no país, o governo indiano fixou uma cota para importação de mungo. Com isso, Mianmar e China perderam mercado e o Brasil conseguiu aumentar participação no segmento como um todo”, afirmou Bagolin.

O Brasil exportou cerca de US$ 34 milhões em feijão para a Índia no ano passado, sendo 97% feijão caupi e 3% mungo, que começou a ser vendido internacionalmente apenas no ano passado. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), Marcelo Eduardo Lüders, esses números representam a competitividade do País.

“Os produtores brasileiros estão atentos às oportunidades internacionais. Por isso, já estamos plantando mungo e fizemos a primeira exportação no ano passado. Acreditamos que, no futuro, o grão pode assumir grande importância nas exportações brasileiras do setor, pois além disso, a China tem diminuído a área plantada”, disse Lüders.

 

Fonte: Agrolink

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