“Com o dólar caindo abaixo do nível psicológico de R$ 4,00 ontem (27/9), os preços dos exportadores não entusiasmaram os vendedores. A cotação da moeda também reflete a queda do interesse dos compradores externos de milho brasileiro, constatada no “line-up” do milho, cujo volume diminui a cada semana”. A avaliação é do analista da T&F Consultoria Agroeconômica, Luiz Fernando Pacheco.
“No mercado interno, também, o que se percebe é uma oferta maior do que a demanda. Há mais vendedores querendo se desfazer de mercadoria do que compradores querendo adquirir”, disse Pacheco. “E isto está documentado no quadro de oferta e demanda divulgado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na primeira semana deste mês, que foi aumentado em mais de 30%, passando de dez milhões de toneladas para mais de 13 milhões de toneladas”.
Segundo o analista da T&F, com tanta disponibilidade de produto, é natural que ele se desvalorize. É o que está acontecendo nos últimos dez dias. Outro sinal de reversão para baixo na tendência dos preços é o índice Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) para a BM&F, que ontem fechou em queda de 0,03% no dia, para R$ 39,52/saca, aumentando a queda mensal do milho no mercado futuro brasileiro para 3,84%.
“O mesmo Índice mostra que, embora tenha aumentado 0,26% ontem, a queda mensal é maior, situando-se em 4,68% para R$ 38,87/saca, nível mais baixo do que a própria cotação do mercado futuro”, acrescentou Pacheco.
Fonte: Agrolink