O dólar comercial fechou em alta de 0,98%, cotado a R$ 3,7664 para compra e a R$ 3,7671 para venda, com máxima a R$ 3,7724 e mínima a R$ 3,7035, depois que rumores relativos ao quadro eleitoral doméstico inverteram a tendência da moeda norte-americana e a levaram a fechar na contramão do mercado externo.
O mercado prefere se defender até saber qual o fundo de verdade por trás dos rumores, justificou um profissional da mesa de derivativos de um banco nacional.
Ele se referia a informações não confirmadas que circularam nas mesas durante a tarde, que inverteram a trajetória do dólar bruscamente, levando a moeda norte-americana a renovar sucessivamente as máximas, até ultrapassar 1% de valorização.
Os boatos envolviam desde mau desempenho em pesquisas eleitorais até iminente eventual delação citando o nome do tucano Geraldo Alckmin, candidato preferido pelo mercado por seu perfil reformista.
O mercado melhorou nas últimas semanas com o acordo fechado por Alckmin com os partidos do Centrão e após escolher a senadora Ana Amélia (PP) como sua vice, duas ações consideradas bastante positivas e que podem dar musculatura à sua candidatura.
A expectativa do mercado é que esses eventos e o início da campanha televisiva no dia 31 de agosto, na qual ele terá o maior tempo, possam impulsionar sua campanha.
Pela manhã e até o início da tarde, o dólar estava em queda, acompanhando comportamento da moeda norte-americana no exterior, em dia mais tranquilo e de menor retórica na guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros.
No mercado internacional, por volta das 17h30 (Horário de Brasília), o Dollar Index estava em baixa de 0,20%, cotado aos 95,00 pontos, enquanto o euro estava em alta de 0,39%, cotado a US$ 1,1599.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu 4.800 contratos de swap cambial tradicional. Com a venda de hoje, o BC já rolou US$ 1.2 bilhão do lote que vence em setembro.