O foco na venda de açúcar orgânico e outros itens livres de produtos químicos colaboraram para que o grupo Balbo escapasse do início do ciclo de baixos preços no setor e alcançasse resultados financeiros melhores na safra 2017/18, encerrada em 31 de março. A companhia, dona de três usinas sucroalcooleiras e da marca Native, elevou sua receita operacional em 2,7%, para R$ 1.017 bilhão no período, e aumentou seu lucro líquido em 16 vezes, para R$ 101.4 milhões. Os resultados foram publicados no Diário Oficial de São Paulo no sábado.
Apenas a venda de açúcar orgânico gerou ao grupo uma receita de R$ 216.8 milhões na safra passada, um avanço de 13,2% sobre a temporada anterior. O grupo também vendeu R$ 45.8 milhões em etanol orgânico e outros R$ 28,5 milhões com outros produtos orgânicos, incrementos de 47,9% e 10,4%, respectivamente.
Os ganhos também foram sustentados pelo aumento da receita com as vendas de etanol convencional, cujos preços começaram a melhorar no fim do ano passado. Respondendo pela maior parte do faturamento do grupo, as vendas do produto renderam R$ 498.3 milhões na safra, 3,9% superior à receita do ciclo anterior.
Já a receita com as vendas de açúcar convencional foi menor na temporada, marcada pelo início da derrocada dos preços da commodity no mercado internacional. O faturamento com o produto caiu 7,8%, para R$ 261.1 milhões.
O grupo tem duas usinas no Estado de São Paulo e uma no triângulo mineiro. A produção de açúcar e etanol orgânicos é feita na Usina São Francisco, em Sertãozinho (SP).
O resultado operacional, antes do resultado financeiro e de impostos no período foi positivo em R$ 219.3 milhões, quase o dobro do registrado no ciclo anterior. No lado financeiro, o saldo foi negativo em R$ 66.4 milhões, mas pesou menos do que na safra anterior.
Com a melhora do desempenho operacional, o grupo conseguiu gerar R$ 95.6 milhões em caixa, que terminou o ciclo, em 31 de março, em R$ 302.9 milhões. A dívida líquida caiu 7,2% até o fim da safra, alcançando R$ 418.5 milhões.
Fonte: Valor